Nevos melanocíticos numa comunidade de origem predominantemente holandesa no Brasil (1999-2007)

AUTOR(ES)
FONTE

Anais Brasileiros de Dermatologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-08

RESUMO

FUNDAMENTOS: Estudos epidemiológicos têm demonstrado relação significativa entre nevos melanocíticos e melanoma cutâneo. OBJETIVO: Acompanhar o desenvolvimento de nevos melanocíticos nos alunos de uma escola composta, majoritariamente, por descendentes de holandeses e a influência do meio ambiente sobre esses indivíduos com características fenotípicas semelhantes às de seus antepassados. MÉTODOS: Em 1999, iniciou-se estudo coorte para contagem de nevos melanocíticos nos 282 alunos entre três e 17 anos, sendo 53,9% meninos. Após cinco anos, realizou-se novo exame em 148 alunos entre oito e 22 anos, dos quais 49,3% eram meninos. Analisou-se a relação da idade, sexo, fotótipo, cor dos olhos, cor dos cabelos e etnia dos alunos e dos pais com a presença de nevos melanocíticos no início e no final do estudo. RESULTADOS: Houve aumento significativo de nevos melanocíticos e nevos displásicos no reexame. Os meninos tiveram mais nevos melanocíticos (áreas cobertas e expostas) do que as meninas. A análise de probabilidade para razão de risco revelou que os meninos têm mais chance de desenvolver nevos melanocíticos do que as meninas, assim como os de etnia não miscigenada e miscigenada e com cabelos claros têm mais que os alunos de outras etnias e com cabelos escuros. Os que apresentam fotótipo I são mais propensos a desenvolver nevos melanocíticos nas áreas cobertas do que os que têm fotótipos II e III. CONCLUSÕES: Os dados demonstram que os indivíduos de etnia holandesa tiveram maior probabilidade de desenvolver nevos melanocíticos do que os outros grupos étnicos.

ASSUNTO(S)

epidemiologia fatores de risco melanoma nevo pigmentado radiação solar

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