Neurocisticercose: estudo clínico e patológico de 27 casos de necrópsia
AUTOR(ES)
MONTEMÓR NETTO, MÁRIO RODRIGUES, GASPARETTO, EMERSON LEANDRO, FAORO, LEONARDO NERCOLINI, REIS FILHO, JORGE SÉRGIO, TONI, GUILHERME SANDRINI DE, CARVALHO NETO, ARNOLFO DE, TORRES, LUIZ FERNANDO BLEGGI
FONTE
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2000-09
RESUMO
Neurocisticercose é a mais frequente e disseminada neuroparasitose humana. O desenvolvimento de lesões no cérebro e leptomeninges, com consequente aparecimento de sintomas, está relacionado com a resposta imune do hospedeiro, ao número e à fase de involução dos parasitas . Relatamos os achados anatomopatológicos durante a necrópsia em 27 casos de neurocisticercose, que corresponderam a 3,1% dos casos necropsiados no serviço. 77% dos pacientes eram masculinos, com idade variando entre 18 e 85 anos. Em 26% dos casos havia história de alcoolismo. A análise clinico-patológica mostrou que 50% dos casos eram da forma assintomática, 11% da forma epiléptica, 11% da forma intraventricular e 11% da forma combinada. 33% dos pacientes apresentaram crise epiléptica como fator agravante do quadro clínico. O cisticerco era único em 60% dos casos, a forma cellulosae estava presente em 82% e a racemosa em 7% dos casos, sendo os 11% restantes portadores da forma combinada. Em 30% dos pacientes a causa mortis estava relacionada com a presença do cisticerco no sistema nervoso central. Nossos achados confirmam a alta morbidade desta parasitose.
ASSUNTO(S)
neurocisticercose parasitoses necrópsia epilepsia hipertensão intracraniana
Documentos Relacionados
- Linfoma primário do sistema nervoso central: estudo clínico-patológico e imuno-histoquímico de dez casos de necropsia
- Tumores odontogênicos: estudo clínico-patológico de 238 casos
- Manifestações incomuns na ressonância magnética da neurocisticercose: análise de 172 casos
- Carcinoma mucoepidermóide de cabeça e pescoço: estudo clínico-patológico de 173 casos
- Carcinoma epidermoide do pênis: estudo clínico-patológico de 34 casos