NESTAS COSTAS TÃO LARGAS: O TRÁFICO TRANSATLÂNTICO DE ESCRAVIZADOS E A DINAMIZAÇÃO DE ECONOMIAS REGIONAIS NO BRASIL (C. 1831 - C. 1850)
AUTOR(ES)
Santos, Silvana Andrade dos
FONTE
Rev. Hist. (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
17/01/2019
RESUMO
Resumo Após 1831, para que o tráfico transatlântico continuasse sendo realizado, os negociantes empregaram diversas estratégias, entre elas o estabelecimento de novos portos de desembarque de cativos. Este redirecionamento provocou alterações nas áreas onde as atividades de recepção de escravizados passaram a ocorrer, através principalmente da oferta de mão de obra e de capitais provenientes do comércio negreiro. Nesse artigo, discutimos a dinamização das economias regionais nas províncias do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia durante o período de ilegalidade do tráfico transatlântico entre as décadas de 1830 e 1850. Procuramos demonstrar que houve uma íntima relação entre estes processos de dinamização e o tráfico ilícito.Abstract The slave merchants use several strategies after 1831 so that the transatlantic traffic could continue, among them the creation of new ports to unload the captives. This rerouting caused changes in the areas where the slaves began to be received, especially through the supply of labor and capital from slave trade. In this paper, we discuss the growth of the regional economies in the provinces of Rio de Janeiro, Espírito Santo and Bahia during the period of the illegal transatlantic traffic between the 1830s and 1850s. We aim to show that there was a close relation between these growth processes and the unlawful traffic.
Documentos Relacionados
- A imprensa e a reabertura do tráfico transatlântico de africanos para o Brasil, 1831-1840
- O impacto do fim do tráfico na escravaria das charqueadas pelotenses (C. 1846 - C. 1874)
- O Padre Lourenço de Mendonça: entre o Brasil e o Peru (c. 1630 - c. 1640)
- No entorno de Todos os Santos: tráfico ilegal e revoltas escravas no Recôncavo (Bahia: 1831-1850)
- COMÉRCIO ILEGAL DE AFRICANOS NO INTERIOR DO BRASIL OITOCENTISTA: O CASO DO PATACHO HERMINIA (PARAÍBA - 1850)