Necropolíticas trans*: Lei de Identidade de Gênero na Argentina

AUTOR(ES)
FONTE

Sex., Salud Soc. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-08

RESUMO

Em 9 de maio de 2012, o Senado argentino converteu em lei o que fora um longo processo coletivo impulsionado pelo ativismo trans*, a chamada Lei de Reconhecimento da Identidade de Gênero. A Lei de Identidade de Gênero (LIDG) significou uma grande contribuição de escala internacional em matéria de direitos sexuais e civis e, em particular, em matéria de política trans*. No entanto, o que estava em jogo na aprovação da LIDG significava não só um avanço de caráter pessoal e global em termos jurídicos, mas além disso um conjunto de representações, desejos e apostas sociais sobre a população e a vida trans*. Nesse sentido, se nos ativermos aos alcances e êxitos da LIDG e aos seus respectivos debates tão sociais como parlamentares, poderemos sustentar que neles uma vida concreta, uma vida trans*, não se qualifica como vida viva. O presente artigo se propõe a uma reflexão crítica sobre os modos específicos de apresentação e de apreensão de uma vida trans*, seja nos distintos debates parlamentares em torno da LIDG, seja nas disputas sociais do ativismo trans*. A partir de uma análise biopolítica sobre a identidade de gênero, vamos repensar as condições sociais que sustentam a vida e, pela mesma razão, aqueles marcos interpretativos da morte.

ASSUNTO(S)

identidade de gênero lei trans* biopolítica necropolítica

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