Necessidade de analgesia após biópsia hepática percutânea: uma experiência da vida real
AUTOR(ES)
Amaral, Ricardo Holderbaum do; Deprez, Fabrice C.; Dalla-Bona, João Pedro; Watte, Guilherme; Roxo, Rômulo Santos; Marchiori, Edson; Hochhegger, Bruno
FONTE
Radiol Bras
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-06
RESUMO
Resumo Objetivo: Avaliar variáveis que afetam a necessidade de analgesia após biópsia hepática guiada por ultrassonografia. Materiais e Métodos: Análise retrospectiva de 1042 biópsias hepáticas realizadas entre 2012 e 2018. Os dados coletados incluíram dor detectada na sala de recuperação, analgesia utilizada, indicação, lobo puncionado, idade e sexo do paciente. O protocolo institucional indicava orientações e reavaliação para dor leve (1-3, segundo a escala visual analógica), analgésicos simples para dor moderada (4-6, segundo a escala visual analógica) e opioides para dor importante (7-10, segundo a escala visual analógica). Resultados: As indicações foram principalmente doença difusa (89,9%), particularmente no seguimento de hepatite C (47,0%) e suspeita de esteato-hepatite não alcoólica (38,0%). Dor com necessidade de analgesia ocorreu em 8,0% dos procedimentos. Mulheres demandaram analgesia em 10,5% das vezes e homens demandaram em 5,9% (p < 0,05). Não houve diferença estatisticamente significante na necessidade de analgesia em relação a idade, lobo hepático puncionado ou indicação por doença nodular versus difusa. O analgésico mais utilizado foi dipirona (75,9%), seguido de paracetamol (16,4%) e associação com opioides (7,6%). Conclusão: Este é um procedimento seguro e bem tolerado. Dor pós-procedimento não se correlaciona com lateralidade da biópsia, idade ou doença nodular versus difusa e parece afetar mais mulheres que homens.
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