Natureza e sociedade: disputas em torno do cultivo da paisagem em Itambacuri

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Ciências Sociais

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-10

RESUMO

Este artigo focaliza as controvérsias que se seguem à fundação do aldeamento indígena de Itambacuri (1883-1893), Minas Gerais, em torno das formas de ocupação dos "terrenos ubérrimos", expressão que os missionários capuchinhos utilizavam ao se referirem ao território dos grupos Jê, habitantes da Mata Atlântica que margeava o rio Doce e o Mucuri. O acontecimento da criação do aldeamento indígena e os agenciamentos que dele decorreram, envolvendo grupos indígenas, imigrantes e migrantes nordestinos, oferecem oportunidade para um exercício de antropologia simétrica aplicado tanto ao tema das condições de produção do conhecimento da história natural, como ao debate que então se estabeleceu entre ciência e religião.

ASSUNTO(S)

antropologia simétrica botocudo mata atlântica naturalistas missionários capuchinhos

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