Natal qual é a sua cara?: análise do perfil edilício da avenida Eng. Roberto Freire (Natal/RN) à luz da acessibilidade

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/10/2011

RESUMO

Este estudo aborda o perfil edilício da avenida Engenheiro Roberto Freire, como expressão material da confluência de fatores dentre os quais se destacam o alto grau de acessibilidade como conseqüência da reestruturação espacial urbana, e a ampliação do mercado imobiliário em face da presença crescente de consumidores que têm chegado a Natal nas últimas décadas. O intenso processo de remodelação urbana por que vem passando Natal desde, pelo menos, a década de 1980 tem engendrado a formação de longos eixos viários que expressam exemplarmente essa dinâmica e algumas das forças subjacentes a ela. A avenida tem sido um dos exemplos icônicos de eixos viários nos quais a arquitetura torna-se, primordialmente, suporte de comunicação capaz de ser percebida por passantes em rápido movimento, aspecto que a faz aproximar-se do conceito venturiano de strip (Venturi et al, 1972). Os tipos edilícios que ali abrigam usos diversificados não só respondem à dinâmica em curso, mas também contribuem para intensificá-la e realimentá-la, na medida em que atraem pessoas e geram mais movimento. Some-se a isso a atuação do setor imobiliário que se beneficia com a ampliação de localizações dotadas de alta acessibilidade, e com incentivos públicos e privados ao turismo, visando inserir a cidade no mundo globalizado. Embora se tenha tido a intenção de reconstituir parte da história do adensamento da avenida em perspectiva diacrônica, a contribuição central desse estudo é entender relações entre acessibilidade topológica e a natureza tipológica do acervo edilício. Mediante a leitura de um quadro morfológico sincrônico resultante da análise da configuração espacial que contém a avenida (cf. Hillier e Hanson, 1984), e do inventário e classificação do acervo edilício que lá está, este estudo objetiva compreender como a arquitetura responde à acessibilidade vis-à-vis o desenvolvimento do mercado imobiliário, impulsionado por um processo de cosmopolitismo que tem ocorrido pela contínua chegada de visitantes e moradores temporários ou permanentes, nacionais e estrangeiros

ASSUNTO(S)

morfologia edilícia morfologia urbana configuração espacial acessibilidade mercado imobiliário cosmopolitismo arquitetura e urbanismo building morphology urban morphology spatial configuration accessibility cosmopolitism real estate market

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