Assessment of the immunological and inflammatory characteristcs in the patients with narcolepsy according to their level of hipocretina-1 / AVALIAÇÃO DOS PERFIS IMUNOLÓGICO E INFLAMATÓRIO NOS PACIENTES COM NARCOLEPSIA, SEGUNDO O SEU NÍVEL DE HIPOCRETINA-1.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Introdução: O mecanismo fisiopatológico da narcolepsia ainda é pouco conhecido. Os marcadores genéticos do alelo do complexo de histocompatibilidade, assim como a redução da Hipocretina-1 desafiam uma confirmação da teoria imunológica. Poucos trabalhos na literatura estudam as prováveis diferenças imunológicas com presença ou não do alelo HLADQB1* 0602 e nem compararam os subgrupos dos pacientes com a Hipocretina-1 baixa e normal. Objetivos: Quantificar as populações dos linfócitos Totais, CD2, CD3, T (CD4 e CD8), B (CD19) e Natural Killer (CD56), além dos níveis séricos da Interleucina-6, do Fator de Necrose Tumoral e do CD40L sérico, em pacientes com narcolepsia, sem e com a presença do alelo HLA-DQB1* 0602, e em grupos em que a Hipocretina-1 era menor e maior do que os 110 pg/ml do líquido cefalorraquidiano. Método: Os pacientes com narcolepsia, após coleta do líquido cefalorraquidiano e a análise da Hipocretina-1, assim como os voluntários sadios, foram avaliados quanto ao sono e à sonolência excessiva diurna por meio de uma polissonografia (PSG) e do teste das múltiplas latências do sono (TMLS). Todos foram pesados e medidos, além de terem sido avaliados clinicamente por meio da Escala de Sonolência de Epworth, do Índice de Massa Corpóreo (IMC), dos Questionários de Beck e de Idate. Colheram-se amostras sanguíneas e foram analisados os linfócitos Totais, os CD2, os CD3, os TCD4, os TCD8, os CD56 e os CD19; a interleucina-6, o fator de necrose tumoral, o CD40L sérico e a presença do alelo HLA-DB1*0602. Resultados: A média das ESE foi maior nos pacientes com narcolepsia (17,7 0,7) do que no grupo controle (7,7 0,7) p<0,0001; como também nos indivíduos com a presença do alelo HLA-DQB1* 0602 (14,2 1,1) comparados com aqueles sem o alelo (9,1 1,1) (p=0,006). A latência do sono nos pacientes com narcolepsia foi menor do que no grupo controle, bem como a média das latências do TLMS e a quantidade do SOREM (que é a quantidade de sonos tipo REM (Rapid Eyes Moviments) nos cochilos do TMLS) maior nos com a narcolepsia Os mesmos achados acima da polissonografia e do TLMS foram observados nos indivíduos com a presença do alelo HLA-DQB1* 0602 e níveis de Hipocretina-1 menor que 110pg/ml. As quantidades dos linfócitos totais (2446 123,2 vs 2000,3 + 513,7; p=0,01), CD2 (2028 106,5 vs 1612,1 + 431,6 p=0,006), CD3 (1892 102,1 vs 1485,5 + 425,8; p=0,005) e TCD4 (1238 85,9 vs 945 + 247,1; p=0,007) dos pacientes com narcolepsia foram menores do que as dos voluntários. Os níveis séricos do CD40L sérico no grupo controle (0,19 0,08 ng/ml) foram maiores do que no dos pacientes com narcolepsia (0,003 0,0003 ng/ml); p=0,04. Não houve diferenças entre os linfócitos e as citocinas entre os outros grupos dividos segundo a presença do HLA e nível de Hipocretina-1. Conclusões: A linfopenia T e a TCD4 relativa observada nos pacientes com narcolepsia pode ter sido causada pela baixa produção nos órgãos linfóides, pelo aumento da destruição periférica ou pela diminuição da ativação do sistema imunológico pelas células apresentadoras dos antígenos. As linfopenias T e TCD4 observadas nos pacientes com narcolepsia, associadas a uma diminuição do CD40L sérico, podem direcionar para uma disfunção da célula apresentadora dos antígenos. Uma menor produção do CD40L sérico diminuiria a ampliação da reação imunológica, a qual já foi estudada em outros modelos auto-imunes.

ASSUNTO(S)

narcolepsia imunidade psicologia linfocitos neuropeptideos. citocinas

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