NÃo se rima amor e dor: representaÃÃes sociais sobre violÃncia conjugal

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Ao investigarmos as representaÃÃes sociais que as mulheres vitimas de violÃncia conjugal, pertencentes Ãs classes populares constroem sobre a violÃncia sofrida e quais as estratÃgias de enfrentamento/reaÃÃo a este fenÃmeno, partimos de um estudo qualitativo com dez mulheres, sendo cinco participantes de grupos organizados e cinco que denunciaram seus agressores na Delegacia Especializada de Defesa e Apoio à Mulher. Ao analisarmos as representaÃÃes sociais destas mulheres sobre violÃncia, constatamos duas representaÃÃes: uma que busca justificar a violÃncia como natural e inerente Ãs relaÃÃes entre os sexos e outra minoritÃria, que compreende a violÃncia como fruto do sistema patriarcal. Quanto Ãs reaÃÃes e enfrentamentos à violÃncia, estes se dÃo em dois nÃveis: em nÃvel privado, quando as mulheres nÃo denunciam a violÃncia, mas contam as violÃncias sofridas para familiares e amigos, bem como se separam dos maridos ou companheiros agressores e em nÃvel pÃblico, quando denunciam as agressÃes na delegacia, mesmo com a intenÃÃo de apenas âdar um sustoâ no agressor. Uma outra forma pÃblica de enfrentamento à violÃncia se dà atravÃs do engajamento em movimentos de mulheres que contribui para o fortalecimento da organizaÃÃo e o combate à violÃncia contra a mulher encorajando-as para a denÃncia. Ressaltamos, que seja qual for a forma de enfrentamento à violÃncia, as mulheres nÃo sÃo cÃmplices da violÃncia, e sim vÃtimas, pois detÃm uma parcela de poder infinitamente menor que os homens

ASSUNTO(S)

denÃncia mulheres violÃncia conjugal servico social delegacia especializada de defesa e apoio à mulher vÃtima

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