Na caminhada: “localizações sociais” e o campo das prisões*

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Pagu

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/12/2019

RESUMO

Resumo Por meio da descrição etnográfica dos meus processos de entrada em três unidades prisionais femininas de São Paulo – como pesquisadora, voluntária e como visita familiar –, proponho analisar como os métodos etnográficos da pesquisa estiveram intimamente relacionados às territorialidades e aos procedimentos de exame dos sujeitos que atravessam os checkpoints , os postos fronteiriços, das instituições penitenciárias. Com base na literatura feminista e antropológica, argumento que falar da caminhada etnográfica pelos corredores dos pavilhões penitenciários é necessariamente falar de tecnologias de gênero. Elas produzem e hierarquizam sujeitos localizados diferentemente nas geografias de poder que edificam as prisões.Abstract With an ethnographic description of my processes of entering three female prisons in São Paulo – as a researcher, volunteer and family visitor – I analyze how ethnographic research methods were intimately related to the territorialities and procedures of the examination of the subjects that crossed the checkpoints, the border posts of the penitentiary institutions. Based on a feminist and anthropological literature, I argue that to speak of the ethnographic passage through the corridors of the penitentiaries necessarily involves speaking of technologies of gender. They produce and create hierarchies of subjects with different locations in the geographies of power that edify prisons.

Documentos Relacionados