Mutações gênicas das glicoproteínas plaquetárias e resposta ao tirofiban na síndrome coronariana aguda
AUTOR(ES)
Mansur, Antonio de Padua, Roggerio, Alessandra, Takada, Júlio Yoshio, Caribé, Pérola Michelle Vasconcelos, Avakian, Solange Desirée, Strunz, Célia Maria Cassaro
FONTE
Sao Paulo Med. J.
DATA DE PUBLICAÇÃO
19/01/2016
RESUMO
RESUMO CONTEXTO E OBJETIVOS: Inibidores da glicoproteína (abciximab, eptifibatide, tirofiban) são utilizados em pacientes com angina instável e infarto do miocárdio sem elevação do segmento ST (IAMSSST) antes da intervenção coronária percutânea. Dentre eles, o tirofiban é o menos eficaz. Nossa hipótese é que a resposta ao tirofiban possa estar associada a mutações no gene da glicoproteína. DESENHO E LOCAL: Estudo prospectivo na Unidade de Emergência do Instituto do Coração (InCor), Universidade de São Paulo (USP). MÉTODOS: Foram analisadas a evolução intra-hospitalar e agregabilidade plaquetária em resposta ao tirofiban de 4 mutações da glicoproteína em 50 pacientes com indicação para intervenção coronária percutânea, 17 (34%) com angina instável e 33 (66%) com IAMSSST. A agregação plaquetária foi analisada pelo método de Born. Amostras de sangue foram obtidas antes e uma hora após infusão do tirofiban. As glicoproteínas Ia (807C/T ), Ib (Thr/Met ), IIb (Ile/Ser ) e IIIa (PIA ) foram as mutações selecionadas. RESULTADOS: Hipertensão, dislipidemia, diabetes, tabagismo, doença coronariana e acidente vascular cerebral prévios foram semelhantes entre os grupos. Observou-se menor agregabilidade plaquetária dos genótipos mutantes da glicoproteína IIIa antes da administração de tirofiban do genótipo selvagem (41% ± 22% versus 56% ± 21%; P = 0,035). Genótipos mutantes da glicoproteína IIIa correlacionaram-se moderadamente com menor inibição plaquetária (r = -0,31; P = 0,030). Após a administração tirofiban, as mutações das glicoproteínas Ia, Ib, IIb, e IIIa não influenciaram o grau de inibição da agregação plaquetária e mortalidade intra-hospitalar. CONCLUSÕES: Mutações das glicoproteínas Ia, Ib, IIb e IIIa não influenciaram a agregação plaquetária em resposta ao tirofiban nos pacientes com angina instável e IAMSSST.
ASSUNTO(S)
glicoproteínas complexo glicoproteico gpiib-iiia de plaquetas polimorfismo genético síndrome coronariana aguda angina instável infarto do miocárdio
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