Museu Arqueologico de Sambaqui : um olhar necessario

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1994

RESUMO

A apresentação dos capítulos (momentos) da nossa dis sertação pretende ser contribuição ao estudo das manifestações que ocorrem na Cidade, elegendo o Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ), como palco privilegiado de sua açao e recriaçao, tendo como foco de análise a sua função social num país com sérios problemas de Educação, Cultura, Saúde e apresentando índices alarmantes de miséria absoluta, era de se esperar que os paradigmas da Museologia no Mundo que são: espaços concebidos para o envolvimento e participação da sociedade, espaços vivos e presentes nas dimensões das realidades sociais, espaços integrando as mais rigorosas formas de pesquisa cientifica e auto-financiamento, culminando com exercicio tecnologia e criatividade, estivessem quase que ausentes do cotidiano dos museus brasileiros. No CAPÍTULO I (PRIMEIRO MOMENTO), situamos as dimensões da criação e desenvolvimento da Instituição Museu ao longo da História. Centramos nossas observações nas questões relacionadas às transformações ocorridas quanto à forma e conteúdo dos museus face aos paradigmas internacionais. No CAPÍTULO II (SEGUNDO MOMENTO) , com o propósito de compreender a conjuntura dos museus nos dias de hoje, tendo como base a sua utilidade social, apresentamos divervas experiências, abrangendo vários paises, situando em campos de pesquisa bastante recentes nos pais ? Patrimônio , Arqueologia, Educação e Museologia. Esse desafio histórico dos museus, suas levou-nos à investigação do sentido relações com o seu entorno social, a contradição presente entre Educação como um ato global e permanente e ,a impregnação de práticas escolares no interior das funções educativas nos museus. Essenciais para o desenvolvimento de nosso trabalho, essas propostas inseriram-nos nas reflexões mais amplas sobre a contribuição dos museus face à problemática da (comunidade) sociedade contemporânea. No CAPÍTULO III (TERCEIRO MOMENTO) ,"escavamos" apartir desse olhar necessario, a intimidade do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville. Contamos sua trajetória desde sua herança de coleção até sua história de criação, suas lutas,seus personagens, sua relação com a conjuntura da política cultural na década de setenta, suas realizações e frustrações. Identificando que, a criação de Museus implica no desejo de classes sociais e interesses políticos. Mostrando ainda que, a permanência de algumas instituições museológicas no Brasil dá-se em virtude de pessoas bem intencionadas que querem fazer um trabalho de qualidade sem ter no entanto, recursos financeiros e conseqüentemente quadro de pessoal especializado, sendo estas condições básicas para o funcionamento de qualquer instituição museológica que pretende ser cientifica.No CAPÍTULO IV (QUARTO MOMENTO), sintetizamos reflexões que desenvolvemos ao longo dos capítulos anteriores, baseadas em categorias conceituais da Museologia, sugerimos algumas iniciativas necessárias à sobrevivência de museus; em especial os caminhos que o MASJ, possivelmente deverá percorrer. A última parte do capítulo (um olhar necessário), conscientes de sua especificidade, face as nossas primeiras reflexões criticas sobre a função social do MASJ, nestes vinte e cinco anos de existência, abordamos propostas quanto à relação dessa Instituição com patrimônio arqueológico e cultural da região,as referentes implicações sobre a participação das populações circunvizinhas na preservação dos sambaquis. Apontamos a necessidade de informatização do acervo e o investimento em pesquisas sistemáticas em diversas áreas afins e a emergência de situar este Museu no cenário das instituições cientificas que produzem conhecimentos, divulgam, seja através de projetos museológicos, educativos ou arqueológicos e propõem à sociedade uma utilidade social

ASSUNTO(S)

museus arqueologicos - aspectos sociais

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