“Museologia colaborativa”: diferentes processos nas relações entre antropólogos, coleções etnográficas e povos indígenas

AUTOR(ES)
FONTE

Horiz. antropol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/04/2019

RESUMO

Resumo Os museus antropológicos exercem relevante papel na preservação dos patrimônios materiais. Antropólogos, entre outros, contribuem para o colecionamento, documentação, pesquisa e curadoria de exposições sobre diferentes povos e culturas. Nas últimas décadas, cunhou-se a expressão “museologia colaborativa” para expressar uma ação de inclusão e diálogo com remanescentes de povos cujos objetos foram musealizados. Reconfigurando práticas nos museus, tais ações impactaram particularmente as relações entre antropólogos e povos indígenas. Essas experiências dialógicas, em contextos nacionais e internacionais, envolvem antropólogos, profissionais de museus, povos indígenas, museus e coleções. São diferentes processos que apontam para um exercício colaborativo e simétrico entre aqueles que estudam e representam as diferentes culturas e aqueles que as vivenciam cotidianamente. Analisando a literatura sobre o tema, este artigo dialoga com experiências de campo, trazendo dados sobre a “museologia colaborativa” no Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC, em Florianópolis, e no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém.Abstract Anthropological museums play a relevant role in the preservation of material heritage. Anthropologists, among others, contribute to the collection, documentation, research and curation of exhibitions on different peoples and cultures. In the last decades, the expression “collaborative museology” has been coined to express an action of inclusion and dialogue with remnants of peoples whose objects have been musealized. By reconfiguring practices in museums, such actions particularly impacted relations between anthropologists and indigenous peoples. These dialogic experiences, in national and international contexts, involve anthropologists, museum professionals, indigenous peoples, museums and collections. They are different processes that point to a collaborative and symmetrical exercise between those who study and represent the different cultures and those who experience them daily. Analyzing the literature on the subject, this article talks with field experiences, bringing data about “collaborative museology” at the Museum of Archeology and Ethnology of UFSC, in Florianópolis, and the Emílio Goeldi Museum in Belém.

Documentos Relacionados