Multiculturalismos: essencialismo e antiessencialismo em Kymlicka, Young e Parekh
AUTOR(ES)
Campos, Luiz Augusto
FONTE
Sociologias
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-08
RESUMO
Resumo Tanto na academia quanto no debate público, o pensamento multiculturalista costuma ser acusado de congelar as afinidades dos grupos culturais minoritários, ossificar vínculos sociais e essencializar as minorias. Contudo, tal acusação costuma ser direcionada ao multiculturalismo, como se tal termo denotasse uma corrente teórica homogênea. O objetivo deste texto é discutir a validade de tais críticas, tomando como foco as teorias de três expoentes dessa corrente: o filósofo canadense Will Kymlicka, a cientista política estadunidense Iris Marion Young e o filósofo anglo-paquistanês Bhikhu Parekh. Embora esses autores de fato essencializem determinados vínculos culturais em alguns momentos de suas obras, cada um deles o faz por razões distintas. Ademais, é preciso destacar que suas teorias são em geral motivadas por compromissos antiessencialistas. A partir de uma tipologia sobre as diferentes modalidades de essencialismo, proposta por Anne Phillips, identifica-se os momentos essencialistas e antiessencialistas de cada um dos três autores. Ao termo, argumenta-se que o debate sobre o tema dificilmente avançará enquanto os críticos antiessencialistas do multiculturalismo não atentarem para os diferentes tipos de essencialização presentes nessas teorizações.
ASSUNTO(S)
multiculturalismo essencialismo cultura identidade reconhecimento
Documentos Relacionados
- ESSENCIALISMO MEREOLÓGICO, CORPOS E PESSOAS
- Do essencialismo ao não essencialismo? reflexões sobre a identidade cultural do MST
- A dureza (e a ternura) do essencialismo político
- É possível dizer algo novo sobre essencialismo de gênero?
- O Multiculturalismo Liberal de Kymlicka na Educação Canadense e o Contexto Brasileiro