Mulheres, imigrantes e jovens: meios informais de acesso à habitação na cidade

AUTOR(ES)
FONTE

urbe, Rev. Bras. Gest. Urbana

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/07/2018

RESUMO

Resumo Na Cidade Autônoma de Buenos Aires (CABA-Argentina), a população das favelas cresceu significativamente (52,3%) durante o período do censo demográfico feito entre 2001-2010, de acordo com o Censo Nacional de População, Moradia e Habitação 2010. Parte desse processo foi manifestado pela proliferação de um mercado informal de quartos para alugar, por meio do qual mulheres, imigrantes e jovens em situação precária resolveram o acesso ao “teto” em razão da falta de opções habitacionais pelo mercado formal. Baseado em uma pesquisa em cinco favelas na cidade e em entrevistas em profundidade com informantes-chave (funcionários do governo, acadêmicos e representantes de bairro), este artigo se focaliza em atender, na perspectiva sociológica, ao perfil socioeconômico do arrendatário, às condições de permanência de quartos alugados e às características assumidas pela dinâmica comercial dos envolvidos nesse mercado informal. A hipótese que guia este trabalho é que os perfis sociais mais vulneráveis e excluídos do acesso à habitação na cidade – que conjugam posição de classe, gênero, dinâmicas migratórias e intergeneracionais – são os que configuram a demanda efetiva de um mercado informal de aluguar quartos em favelas. Isso foi possível pelo desenvolvimento de políticas urbanas neoliberais que favoreceram a desregulamentação do mercado formal da terra e encorajaram o informal, causando, neste último, maior segregação socioespacial em escala intrabairro.

ASSUNTO(S)

sociologia urbana mercado informal inquilinos favelas cidade de buenos aires

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