Mulheres, arte e poder: uma narrativa de contrapoder?

AUTOR(ES)
FONTE

Estud. Lit. Bras. Contemp.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-06

RESUMO

Resumo Meu objetivo neste artigo é construir sobre o ensaio fundamental de Linda Nochlin, precisamente intitulado “Mulher, Arte e Poder” (1988), em que a autora investiga de forma convincente as relações dessa tríade. Em suas palavras, ela “desembaraça vários discursos sobre as relações de poder existentes nas diferenças de gênero simultaneamente - a superfície tanto quanto o substracto - o discurso da iconografia ou da narrativa”. Proponho estender a análise de Nochlin, de alguma forma a mais, sem deturpar suas premissas, introduzindo uma mudança de foco no debate, da análise da representação de mulheres por artistas do sexo masculino, para o papel da mulher na arte contemporânea, ou seja, da mulher como objeto de representação para a mulher agente e sujeito da representação. Essa situação ganhou, efetivamente, um significado mais amplo a partir do final dos anos 1980. Sugiro, a partir da visualização de algumas imagens, que isso pode ser compreendido no contexto de produção de narrativas de empoderamento das mulheres ou, alternativamente, de criação de narrativas de contrapoder.

ASSUNTO(S)

agenciamento feminino discurso contrapoder arte feminista

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