Mudanças dos hábitos de vida após fratura por osteoporose em mulheres idosas
AUTOR(ES)
Pinheiro, Marcelo Medeiros, Castro, Charles Heldan de Moura, Frisoli Júnior, Alberto, Szejnfeld, Vera Lúcia
FONTE
Rev. Bras. Reumatol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-10
RESUMO
OBJETIVO: atividades de promoção de saúde e prevenção direcionadas para osteoporose podem ajudar a reduzir a taxa de fraturas osteoporóticas na população idosa. MÉTODOS: para avaliar se mulheres com osteoporose modificam seus hábitos de vida após a fratura, selecionamos 518 mulheres idosas caucasianas de nosso Serviço Ambulatorial de Reumatologia (122 com fratura), que foram seguidas por um ano. O questionário de avaliação foi baseado no European Vertebral Osteoporosis Study (EVOS) e contém tópicos relacionados com queda, massa óssea e fratura. Radiografias lateral da coluna torácica e lombar foram realizadas de acordo com protocolo padrão para verificar fratura vertebral. Densidade mineral óssea foi medida por meio de densitômetro Lunar DPX, Madison, WI. O comportamento das mulheres foi analisado antes e após a fratura. RESULTADOS: antes da fratura, 34% das mulheres tinham pior percepção da saúde, 40,2% caminhavam pelo menos meia hora por dia, 14,7% usavam bengalas, 56,6% queixavam-se de tonturas, 59,6% possuíam tapetes espalhados pela casa, 78,9% usavam transporte público, 21,1% utilizavam transporte privado (carro) e 36,8% usavam solado de couro e não de borracha. Após a fratura, 66,4% das mulheres tinham pior percepção da saúde; 69,7% ficaram mais sedentárias, 27,9% usavam mais bengalas, 63,4% queixavam-se de mais tonturas, 38,3% tinham retirado os tapetes de casa, 68,1% trocaram o transporte público por privado e 55,7% modificaram o solado dos sapatos de couro para borracha. Fatores de risco relacionados com a massa óssea não foram modificados após a fratura. CONCLUSÕES: estes achados sugerem que mulheres idosas modificam somente os hábitos de vida relacionados com quedas, mas não aqueles relacionados com a massa óssea após a fratura por osteoporose. Pesquisas são necessárias a fim de avaliar quais estratégias de intervenção podem ocasionar melhores resultados na prevenção de fraturas por osteoporose.
ASSUNTO(S)
fratura mudanças de hábitos de vida osteoporose mulheres idosas
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