Mucosite oral em pacientes portadores de câncer de cabeça e pescoço submetidos à radioterapia e quimioterapia concomitantes. / Mucositis in head and neck cancer patients undergoing simultaneous radiotherapy and chemotherapy
AUTOR(ES)
Renata Cristina Schmidt Santos
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
25/01/2009
RESUMO
Objetivos: Classificar o grau de mucosite oral de acordo com os parâmetros internacionais do CTC em pacientes portadores de tumor de cabeça e pescoço submetidos a radioterapia e quimioterapia concomitantes, e caracterizar um perfil dos pacientes em nosso meio, verificando os hábitos dos indivíduos, características do tumor, protocolo de tratamento e a intensidade desta reação aguda. Métodos: Neste estudo foram avaliados 50 pacientes; sendo 45 do sexo masculino e 5 do sexo feminino; 39 da raça branca e 11 da raça negra; com a idade entre 43 e 72 anos. Em relação ao sítio primário, avaliou-se 32 pacientes com tumor em orofaringe, 10 em cavidade oral, 3 em laringe, 4 em hipofaringe e 1 em seio maxilar. Os pacientes foram submetidos a radioterapia em megavoltagem com doses entre 66 a 70Gy e quimioterapia com cisplatina concomitante. Do total, 26 pacientes foram submetidos previamente à cirurgia. Todos foram entrevistados pela enfermeira sobre dados pessoais e hábitos de vida antes do início da radioterapia e quimioterapia; a partir de então, uma vez por semana, foi avaliado o grau de mucosite até completar o tratamento.Resultados: Em relação ao grau de mucosite, 16% dos pacientes apresentaram grau III, 38% grau II, 30% grau I e 16% não apresentam alterações na mucosa. Quando relacionado o grau de mucosite com as características clínicas individuais dos pacientes, da doença e do tratamento, observou-se que 100% dos pacientes diabéticos tiveram o tratamento interrompido por causa da mucosite, o que permitiu verificar significância estatística.Conclusões: As características individuais dos pacientes, idade, sexo, raça, hipertensão e hábito de fumar e as características clínicas associadas à doença como sítio primário e estádio da doença não influenciaram na gravidade da mucosite. Os resultados mostraram que a presença de diabete foi fator significante para a gravidade da mucosite nos pacientes submetidos à radioterapia e quimioterapia concomitante.
ASSUNTO(S)
mucosite radiologia medica radioterapia enfermeira oncológica neoplasia de cabeça e pescoço
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