Movimento operário e globalização : por que a contribuição sindical compulsória persiste no Brasil?

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O presente trabalho analisa o modelo sindical corporativo implantado no Brasil pelo Presidente Getúlio Vargas, enfatizando a contribuição sindical obrigatória, apontando fatores sociais, políticos e econômicos que determinaram sua persistência. Através de comparações com o movimento operário europeu, são estabelecidos parâmetros que evidenciam os motivos que levaram Getúlio Vargas à criação desse modelo sindical, sendo o principal deles, subjugar o nascente operariado industrial a fim de garantir o desenvolvimento econômico. Os longos períodos de repressão política, entremeados por espasmos democráticos, estabeleceram uma relação de acomodação das lideranças sindicais em relação à estrutura corporativa. Essa estrutura favoreceu a expansão do capital monopolista, pois colaborou para que houvesse no Brasil uma mão-de-obra numerosa, barata e passiva. Nos anos 1980, o longo processo de redemocratização não foi capaz de romper com o sindicalismo orgânico. Diante dos efeitos da globalização, o sindicalismo brasileiro sofre de uma crise, não somente ideológica, mas real, que se expressa no decréscimo do número de filiados. A minimização dessa crise exige a urgente modificação do sindicalismo de viés corporativo

ASSUNTO(S)

globalização contribuição sindical obrigatória obligatory syndicalist contribution movimento operário direito do trabalho labor movement globalization

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