Motilidade esofágica, sintomas, resultado alimentar e perda de peso após derivação gástrica em Y-de-Roux
AUTOR(ES)
Valezi, Antonio Carlos, Herbella, Fernando, Mali-Junior, Jorge, Marson, Antonio Cesar, Biazin, Claudio Clementino Camacho
FONTE
ABCD, arq. bras. cir. dig.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-06
RESUMO
RACIONAL: Achados anormais de manometria podem ser encontrados na população obesa. É controverso se a manometria deveria ser usada para escolher a técnica cirúrgica e se a função esofágica poderia prever os sintomas pós-operatórios. OBJETIVO: Correlacionar a motilidade do esôfago com sintomas pós-operatórios, resultado alimentar e perda de peso após a derivação gástrica em Y de Roux. MÉTODO: Cento e catorze pacientes submetidos à derivação foram estudados prospectivamente. Eles não apresentavam sintomas de refluxo gastroesofágico ou doenças que pudessem interferir com a função motora do esôfago. Um ano após a operação foram entrevistados sobre os sintomas e hábitos alimentares. RESULTADOS: A perda do excesso de peso foi de 66,2%. Sessenta pacientes (52,6%) tiveram manometria anormal; quarenta e nove (43%) alterações manométricas no esfíncter inferior do esôfago no pré-operatório; pressão elevada em 18 pacientes (16%) e baixa em 31 (27%). A síndrome de dumping foi encontrada em 27 (23,6%) pacientes e 21 (18,4%) queixaram-se de regurgitação. Resultado alimentar excelente, bom, moderado e pobre esteve presente em 32 (28%), 31 (27,2%), 39 (34,2%), 12 (11,6%) pacientes, respectivamente. A pressão do esfíncter inferior e amplitude de contração do esôfago não se correlacionam com perda do excesso de peso, cuja média foi significativamente maior para os pacientes com hipertensão na amplitude de contração. Regurgitação foi mais frequente em pacientes com hipotonia do esfíncter. Não houve correlação entre dumping e pressão do esfíncter inferior; entre amplitude de contração e dumping ou regurgitação; entre os resultados alimentares e pressão do esfíncter ou amplitude de contração do esôfago. CONCLUSÃO: A manometria esofágica antes da derivação é de importância clínica limitada.
ASSUNTO(S)
obesidade derivação gástrica manometria perda de peso
Documentos Relacionados
- Motilidade esofágica após derivação gástrica em Y-de-Roux para obesidade mórbida: achados à manometria de alta resolução
- Evolução ponderal oito anos após a derivação gástrica em Y-de-Roux
- Impacto da derivação gástrica em Y-de-Roux no perfil inflamatório e lipídico
- Derivação gástrica em Y-de-Roux e a atividade inflamatória do tecido adiposo
- Avaliação evolutiva da qualidade de vida, perda de peso e comorbidades após derivação gástrica em Y-de-Roux