Mosquitos (Diptera: Culicidae) do período crepuscular em área de Floresta Atlântica no sul do Brasil
AUTOR(ES)
Orlandin, E., Santos, E. B., Piovesan, M., Favretto, M. A., Schneeberger, A. H., Souza, V. O., Muller, G. A., Wagner, G.
FONTE
Braz. J. Biol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
04/07/2016
RESUMO
Resumo O período crepuscular é um dos fatores que pode influenciar na atividade hematofágica dos mosquitos. Muitos desses insetos iniciam ou terminam suas atividades nesse período. O objetivo deste trabalho foi estudar os Culicidae que ocorrem no crepúsculo vespertino em uma área de Floresta Atlântica no oeste de Santa Catarina, sul do Brasil. Além disso, foi analisada a possível influência de fatores abióticos, bem como abundância e riqueza de espécies. Para melhor avaliar a influência do período crepuscular na composição das espécies e na abundância destas, o crepúsculo foi dividido em três períodos: pré-crepúsculo, crepúsculo e pós-crepúsculo. Ao final do estudo foram coletados 984 exemplares distribuídos em 12 gêneros e 23 espécies. Trichoprosopon pallidiventer (Lutz, 1905) (59,76%), Aedes crinifer (Theobald, 1903) (8,13%) e Ae. scapularis (Rondani, 1848) (5,89%) foram as espécies mais abundantes. A maior abundância e riqueza de espécies se deram na primavera. Dentre os três períodos estudados, o pré-crepúsculo apresentou a maior abundância de mosquitos, em contrapartida, o pós-crepúsculo apresentou a menor abundância. Os períodos pré-crepuscular e crepuscular apresentaram maior similaridade entre si com relação à composição das espécies. Relacionando os fatores abióticos e as três espécies mais abundantes, não foi observada correlação significativa nos dados avaliados nos sete e 15 dias anteriores às coletas. Entretanto, a temperatura apresentou uma correlação positiva para estas três espécies. A relação entre as espécies coletadas e a potencial transmissão de agentes etiológicos causadores de doenças foi comentada.
ASSUNTO(S)
fatores abióticos culicidae diptera hematofagia santa catarina
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