Mortalidade por doenças não transmissíveis no Brasil, 1990 a 2015, segundo estimativas do estudo de Carga Global de Doenças

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Med. J.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-06

RESUMO

RESUMO CONTEXTO E OBJETIVO: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são o principal problema de saúde global e geram um elevado número de mortes prematuras e perda de qualidade de vida. O objetivo foi descrever os principais grupos de causas de morte por DCNT e o ranking das causas de morte prematura entre 1990 a 2015, segundo estimativas do estudo Global Burden of Disease (GBD) 2015 para o Brasil. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal do Brasil e 27 Unidades Federadas. MÉTODOS: Estudo descritivo das taxas de mortalidade por DCNT, com correções para sub-registro e códigos garbage. RESULTADOS: O estudo aponta a transição epidemiológica no Brasil entre 1990 e 2015, com o crescimento da mortalidade proporcional por DCNT, seguida das violências, e com a redução das causas maternas, infecciosas e infantis na carga global de doenças. As DCNT cursaram com as taxas de mortalidade mais elevadas em todo o período, mas com declínio para as doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas e câncer. O diabetes aumentou no período. As DCNT lideram entre as causas de morte prematura (30 a 69 anos): doenças isquêmicas do coração e doenças cerebrovasculares, seguidas de violência interpessoal, lesão no trânsito e HIV/aids. CONCLUSÕES: A queda da mortalidade por DCNT confirma melhora do controle de doenças no país. Entretanto, a alta mortalidade por violência é um sinal de alerta. Mantendo-se a queda atual das DCNT, o Brasil deverá atingir as metas de redução propostas pela Organização Mundial de Saúde de 25% até 2025.

ASSUNTO(S)

doença crônica neoplasias diabetes mellitus doenças respiratórias carga global de doenças

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