Mortalidade, morbidade e categorização de risco para complicações perioperatórias em pacientes com câncer de pulmão

AUTOR(ES)
FONTE

J. bras. pneumol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-01

RESUMO

OBJETIVO: Determinar as taxas de morbidade e mortalidade por categoria de risco conforme as diretrizes do American College of Chest Physicians, verificar como exames funcionais participaram dessa categorização e identificar fatores de risco para complicações perioperatórias (CPOs). MÉTODOS: Estudo de coorte histórica a partir de avaliações pré e pós-operatórias de casos diagnosticados ou suspeitos de câncer de pulmão avaliados entre 2001 e 2010. RESULTADOS: Dos 239 pacientes avaliados, apenas 13 (5,4%) foram considerados como de alto risco para CPOs. O cálculo do VEF1 previsto para o pós-operatório (VEF1ppo) foi suficiente para a estratificação do risco em 156 pacientes (65,3%); entretanto, o teste de exercício cardiopulmonar (TECP) foi necessário para a identificação de alto risco. Foram operados 145 pacientes, e as taxas globais de morbidade e mortalidade encontradas foram semelhantes às de outros estudos. Entretanto, as taxas de morbidade e mortalidade para aqueles com risco aceitável foram de 31,6% e 4,3%, respectivamente, enquanto as taxas para aqueles com alto risco foram de 83,3% e 33,3%. Idade mais avançada, presença da DPOC, ressecção de um ou mais lobos e VEF1ppo mais baixo estiveram relacionados à ocorrência de CPOs. CONCLUSÕES: Embora a espirometria tenha sido suficiente para a determinação de risco na maioria da população estudada, o TECP teve papel fundamental na identificação de pacientes com risco alto, que apresentaram uma taxa de mortalidade sete vezes maior que os de risco aceitável. Os fatores de risco relacionados a CPOs coincidiram aos relatados em outros estudos.

ASSUNTO(S)

algoritmos neoplasias pulmonares complicacoes pos-operatorias

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