Mortalidade materna por eclâmpsia

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-06

RESUMO

OBJETIVO: analisar fatores associados à mortalidade materna causada por eclâmpsia. MÉTODOS: estudo de coorte retrospectivo revisando-se prontuários médicos dos partos assistidos no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (janeiro/1995 a dezembro/2005). Variáveis pesquisadas: ano do parto, características sócio-demográficas maternas, antecedentes familiares, pessoais e obstétricos, características da gestação, parto, puerpério, atendimento realizado, evolução e condições de alta. A análise estatística incluiu teste exato de Fisher, correlação de Pearson, e regressão múltipla de Poisson. RESULTADOS: registraram-se 35.973 partos, 179 casos de eclâmpsia, 52 com sérias complicações, 23 com maior permanência no tratamento intensivo e 8 evoluíram para óbito. A proporção de eclâmpsia decresceu no período (0,90% para 0,37%; r= - 0,746; p=0,008), mas mantendo a proporção de casos com sérias complicações (0,25% para 0,17%, r= - 0,45; p=0,162). A proporção de óbitos foi maior entre pacientes não brancas (RR=9,10; IC95%=1,83-45,23; p=0,007) e menor entre as tratadas com sulfato de magnésio (RR=0,08; IC95%=0,02-0,35; p= 0,001). CONCLUSÕES: reduziu-se a proporção de eclâmpsia entre os partos assistidos no Conjunto Hospitalar de Sorocaba, porém, a eclâmpsia continua sendo importante causa de óbito materno na região. Este estudo revela que é fundamental o aperfeiçoamento das medidas de diagnóstico precoce e tratamento da pré-eclâmpsia e eclâmpsia pela rede de atenção à saúde.

ASSUNTO(S)

eclâmpsia mortalidade materna sulfato de magnésio

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