Mortalidade materna e sua interface com a raça em Mato Grosso

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-03

RESUMO

OBJETIVOS: analisar a correlação entre óbitos maternos e raça/cor no Estado de Mato Grosso entre os anos de 2000 a 2006. MÉTODOS: estudo epidemiológico com base nos dados da Declaração de Óbitos, DATASUS e SIM/SES-MT, que propiciaram a análise da série histórica entre esses anos. Relacionou-se raça/cor das mulheres que foram a óbito por causas maternas com as variáveis idade, escolaridade, estado civil, causa básica de óbito e tipo de causa obstétrica. Utilizaram-se teste de Χ2 e odds ratio. RESULTADOS: o teste Χ2 evidenciou associação significativa entre raça/cor e morte materna, ao nível de significância de 95%. A odds ratio apontou uma razão de chances dessas mortes 5,13 vezes maior para mulheres pretas e 5,71 para indígenas, comparadas às mulheres brancas. "Transtornos hipertensivos da gravidez, parto/puerpério" foram a principal causa de óbito materno para as afrodescendentes e pardas; respectivamente 45,4% e 29,93%. As indígenas morreram mais pelas "complicações do trabalho de parto/parto" com 27,2%. Das mulheres brancas, 30,7% morreram por "outras complicações obstétricas não classificadas em outras causas". CONCLUSÕES: em todo Mato Grosso as mortes maternas por causas obstétricas diretas pervaleceu entre mulheres pretas e indígenas.

ASSUNTO(S)

mortalidade materna etnia e saúde estatísticas vitais sistemas de informação

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