Mortalidade infantil no Distrito Federal, Brasil: tendência temporal e desigualdades sócio-econômicas
AUTOR(ES)
Monteiro, Renata Alves, Schmitz, Bethsáida de Abreu Soares
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-04
RESUMO
O objetivo deste estudo é verificar a tendência da mortalidade infantil no Distrito Federal, Brasil, no período de 1990 a 2000 e descrevê-la, entre 1996 e 2000, nas cinco áreas do Distrito Federal estratificadas de acordo com a renda familiar média. Foi realizado um estudo ecológico de série temporal utilizando-se os Sistemas de Informação sobre Nascidos Vivos e Mortalidade produzidos pelo Ministério da Saúde. O coeficiente de mortalidade infantil (CMI) reduziu 45,2% entre 1990 e 2000, passando de 26,3 para 14,4 por mil nascidos vivos, sendo a taxa anual de decréscimo de 5,34% (R² = 0,9397; p < 0,0001). Ocorreu no período maior proporção de óbitos no período neonatal, porém, o maior decréscimo ocorreu no componente pós-neonatal (-59%, R² = 0,8452; p < 0,0001). Quando avaliado o CMI nas diversas áreas do Distrito Federal, observa-se que houve uma redução na diferença entre as regiões no que diz respeito a seus componentes, porém foram mantidas distorções importantes quanto à variável renda. Os resultados sugerem que há necessidade de intervenção efetiva nos determinantes da mortalidade infantil e seus componentes que resulte na melhoria da saúde materno-infantil em todos os grupos sócio-econômicos do Distrito Federal.
ASSUNTO(S)
mortalidade infantil saúde materno-infantil sistemas de informação estudos ecológicos
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