Mortalidade infantil evitável e fatores associados em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, 2000-2003

AUTOR(ES)
FONTE

Cadernos de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-01

RESUMO

Foi realizado um estudo de casos e controles para investigar a associação entre as categorias óbitos evitáveis e não-evitáveis e as variáveis sócio-demográficas, reprodutivas maternas e relacionadas às condições de nascimento da criança. Foram analisados 1.139 casos de óbitos infantis, ocorridos entre 2000 e 2003, com o auxílio da regressão logística multivariada, segundo modelo hierarquizado. As variáveis sexo, idade materna, número de filhos nascidos vivos, tipo de gravidez, local de nascimento e Apgar no 5º minuto não se associaram aos óbitos evitáveis. No entanto, a escolaridade materna < 3 anos (RC = 1,56; IC95%: 1,01-2,45); mãe sem companheiro (RC = 0,65; IC95%: 0,49-0,86) ou com filhos nascidos mortos (RC = 1,59; IC95%: 1,01-2,48); ter malformação congênita (RC = 0,26; IC95%: 0,18-0,37); cesariana (RC = 1,52; IC95%: 1,10-2,11); idade gestacional entre 22 e 36 semanas (RC = 0,47; IC95%: 0,34-0,65); peso inferior a 2.500g (RC = 0,51; IC95%: 0,32-0,79) e ter menos de seis dias de vida (RC = 0,62; IC95%: 0,42-0,89) apresentaram associação significativa com os óbitos evitáveis. Esses achados podem contribuir na identificação de crianças em situação de maior vulnerabilidade.

ASSUNTO(S)

mortalidade infantil fatores epidemiológicos condições sociais

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