Mortalidade infantil em três coortes de base populacional no Sul do Brasil: tendências e diferenciais
AUTOR(ES)
Santos, Iná S., Menezes, Ana M. B., Mota, Denise M., Albernaz, Elaine P., Barros, Aluísio J. D., Matijasevich, Alicia, Barros, Fernando C., Victora, Cesar G.
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Os autores estudaram tendências temporais nas taxas de mortalidade infantil e fatores associados em três coortes em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, de 1982, 1993 e 2004. Todos os nascimentos hospitalares e óbitos foram identificados através de visitas regulares aos hospitais, cartórios e cemitérios. Esses dados foram utilizados para calcular as taxas de mortalidade neonatal, pós-neonatal e infantil por mil nascidos vivos. Também foram calculadas as taxas específicas de acordo com causa de óbito, sexo, peso ao nascer, idade gestacional e renda familiar. O coeficiente de mortalidade infantil diminuiu de 36,4 por mil nascidos vivos em 1982 para 21,1 em 1993 e 19,4 em 2004. As principais causas de mortalidade infantil em 2004 foram causas perinatais e infecções respiratórias. Entre 1993 e 2004, houve uma redução de 16% na mortalidade entre crianças de baixo peso ao nascer de famílias pobres; entretanto, esse mesmo coeficiente aumentou mais de 100% entre famílias de renda alta, devido ao aumento no número de partos prematuros nesse grupo. É provável que a estabilização da mortalidade infantil na última década seja devida à excessiva medicalização da gravidez e da atenção ao parto.
ASSUNTO(S)
mortalidade infantil recém-nascido de baixo peso nascimento prematuro renda estudos de coortes
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