Mortalidade de tucunaré associada à pesca esportiva do pesque e solte no rio Negro, Amazonas, Brasil
AUTOR(ES)
Thomé-Souza, Mario J. F., Maceina, Michael J., Forsberg, Bruce R., Marshall, Bruce G., Carvalho, Álvaro L.
FONTE
Acta Amaz.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-12
RESUMO
A pesca esportiva de tucunarés Cichla spp., na Amazônia brasileira, aumentou em popularidade nos últimos anos e tem atraído pescadores esportivos que geram benefícios econômicos para essa região. Entretanto, a sustentabilidade dessa pescaria depende em parte da sobrevivência dos peixes capturados por meio da prática do pesque e solte. O objetivo deste trabalho foi avaliar a mortalidade de Cichla spp., incluindo o tucunaré paca (C. temensis Humbolt), o borboleta (C. orinocensis Humbolt) e o popoca (C. monoculus Agassiz) em dois locais na bacia do rio Negro, o maior tributário do rio Amazonas. Os peixes foram capturados por variados tipos de iscas artificiais e posteriormente monitorados em viveiros construídos no próprio rio por 72 horas. Um total de 162 tucunarés foi capturado, e as mortalidades (% ± intervalo de confiança 95%) foram calculadas. A mortalidade foi 3,5% (± 5,0), 2,3% (± 3,2) e 5,2% (±10,2) para o paca, o borboleta e o popoca, respectivamente. O comprimento padrão dos peixes capturados variou de 26 a 79 cm, mas apenas os peixes menores até 42 cm morreram. A pesquisa sugere que a pesca esportiva não causou substancial mortalidade na população de Cichla spp. na bacia do rio Negro.
ASSUNTO(S)
isca artificial cichla spp. avaliação pesqueira
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