Mortalidade de ciclistas no Brasil: características e tendências no período 2000 - 2010

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. epidemiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: No Brasil, o uso da bicicleta tem sido crescente. Os acidentes envolvendo ciclistas são causas importantes de morbidade e mortalidade. OBJETIVO: Descrever a mortalidade de ciclistas traumatizados em acidentes de transporte, as características das vítimas e da ocorrência e investigar sua tendência no período 2000 - 2010. MÉTODOS: Foi realizado estudo descritivo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) no período 2000 - 2010. Foram calculadas taxas de mortalidade específicas corrigidas brutas e padronizadas por idade, para o Brasil, regiões e Unidades da Federação, além da mortalidade proporcional. Regressão linear simples foi empregada para estudo das tendências. RESULTADOS: No período 2000 - 2010, após correção, foram identificados 32.422 óbitos de ciclistas traumatizados em acidentes de transporte no Brasil. Em 2010, ocorreram em média 8,8 óbitos por dia. As taxas de mortalidade padronizadas para o país corresponderam a 15,3 e 15,9 óbitos de ciclistas por milhão de habitantes, em 2000 e 2010, respectivamente (p = 0,725). Em todo o período, a região centro-oeste apresentou taxas estáveis e mais elevadas que as demais regiões, equivalente a 23,4 óbitos por milhão de habitantes, em 2010. Os homens representaram 85,4% dos óbitos, com risco de morte cinco vezes superior às mulheres. CONCLUSÃO: Apesar da estabilidade das taxas no país, houve tendência de aumento nas regiões nordeste e norte e redução no sul e sudeste. O risco de morte foi mais elevado entre homens, pessoas idosas e residentes em municípios de grande porte e na região centro-oeste.

ASSUNTO(S)

epidemiologia descritiva distribuição temporal mortalidade acidentes de trânsito causas externas prevenção de acidentes

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