Morphofunctional evaluation of the masticatory and cervical muscles in adults with and without temporomandibular disorders / Avaliação morfofuncional dos músculos mastigatórios e cervicais em adultos com e sem disfunção temporomandibular

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/07/2011

RESUMO

As desordens temporomandibulares (DTM) consistem em um grupo de alterações que afetam o sistema estomatognático, especialmente o componente muscular. O objetivo deste trabalho foi avaliar a força máxima de mordida (FMM), a atividade eletromiográfica (EMG) e a espessura dos músculos mastigatórios e cervicais por meio da ultrassonografia (US), além da influência clínica da postura de cabeça, em adultos com e sem a presença de DTM. A amostra foi composta por 47 indivíduos, de ambos os gêneros, sendo 19 incluídos no grupo DTM (idade de 25,4±3,8 anos), classificados de acordo com o Research Diagnostic Criteria (RDC/TMD) e 28 incluídos no grupo controle (idade de 25,9±4,7 anos). Uma linha de prumo foi usada como referência para verificar o alinhamento e identificar clinicamente o lado de inclinação da cabeça. A FMM foi determinada por um transdutor de pressão posicionado entre os arcos dentais até o nível dos primeiros molares e os valores foram convertidos em Newtons. A EMG e a US foram avaliadas para os músculos masseter, temporal e esternocleidomastóideo (ECM), no repouso e em contração voluntária máxima (CVM), bilateralmente. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilks e a comparação entre os dados realizada por testes paramétricos e não paramétricos, sendo a correlação obtida pela Correlação de Spearman (p?0.05). Os resultados demonstraram diferenças estatisticamente significantes quando comparados os valores de FMM entre o grupo DTM (285,5±98,8 N) e controle (353,4±69,6 N). Diferenças significativas também foram observadas para a espessura do músculo masseter, entre o grupo DTM (11,2±1,9 mm, repouso; 13,4±1,9 mm, CVM) e o controle (12,7±1,8 mm, repouso; 14,8±2,0 mm, CVM) e entre o estado de repouso e contração, em ambos os grupos, para os músculos mastigatórios. Em relação ao gênero, a FMM foi menor nos indivíduos do sexo feminino com DTM, bem como a espessura dos músculos analisados, em ambos os grupos. Os valores de EMG para o ECM demonstraram diferenças significativas entre o estado de repous o (100,6±28,0%) e de CVM (105,6±101,9%) para o grupo controle, com maiores escores durante o apertamento dentário. Da mesma forma, diferenças significativas foram observadas entre o grupo controle e DTM para a EMG do ECM, durante a flexão de cabeça, para o ECM do lado direito (77,0 ±34,2%, DTM; 115,6 ±56,8%, controle) e esquerdo (80,7±46,1%, DTM; 113,1±49,5%, controle), e na espessura do ECM na extensão, para o lado esquerdo (10,0±2,0 mm, DTM; 10,9 ±1,5 mm, controle) e no repouso para o lado direito (10,4±1,8 mm, DTM; 11,5±1,8 mm, controle). Adicionalmente, correlações significativas foram encontradas entre os valores de FMM, US e EMG do masseter, temporal e ECM para o grupo DTM e também quando considerado o lado de inclinação de cabeça para o ECM. Pode-se concluir que pacientes com DTM apresentaram menores valores de FMM e alterações na função muscular capazes de afetar os músculos mastigatórios e cervicais, especialmente durante os movimentos mandibulares, revelando a existência de uma ligação funcional entre eles

ASSUNTO(S)

força de mordida transtornos da articulação temporomandibular eletromiografia ultrassonografia bite force temporomandibular joint disorders electromyography ultrasonography

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