Morfometria, rendimento do processamento e interrelaÃÃes na avaliaÃÃo de carcaÃa de piracanjuba, Brycon orbignyanus (Valenciennes, 1849) / Morphometric, processing yield and interrelations on the carcass evaluation of piracanjuba, Brycon orbignyanus (Valenciennes, 1849)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Com o objetivo de avaliar as caracterÃsticas morfomÃtricas e os rendimentos do processamento da piracanjuba (Brycon orbignyanus), em diferentes pesos de abate, e estudar suas inter-relaÃÃes, alevinos oriundos da EstaÃÃo Experimental da Usina HidrelÃtrica de Itutinga (CEMIG), sul de Minas Gerais, foram estocados e cultivados em viveiro de terra na EstaÃÃo de Piscicultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Ao final de 18 meses de cultivo, 121 peixes foram abatidos e pesados, para posterior avaliaÃÃo das caracterÃsticas morfomÃtricas e de rendimento do processamento. Foram tomadas as seguintes medidas morfomÃtricas (cm): comprimentos total (CT), padrÃo (CP), e da cabeÃa (CC), alturas do corpo medidas à frente da inserÃÃo do 1 raio das nadadeiras peitoral (AC1), dorsal (AC2) e anal (AC3), e na menor circunferÃncia do pedÃnculo (AC4), larguras do corpo medidas à frente da inserÃÃo do 1 raio das nadadeiras peitoral (LC1), dorsal (LC2) e anal (LC3), e perÃmetros medidos à frente da inserÃÃo do 1 raio das nadadeiras peitoral (P1), dorsal (P2) e anal (P3) e na menor circunferÃncia do pedÃnculo (P4), foram tambÃm calculadas as razÃes entre algumas destas variÃveis. Para a avaliaÃÃo do rendimento do processamento foram pesadas as seguintes partes componentes do corpo dos peixes: cabeÃa (PCAB), nadadeiras (PNAD), vÃsceras (PVIS), carcaÃa (PCAR), pele com escamas (PPE), filà sem pele (PFSP) e resÃduo da filetagem (PRES). Os respectivos rendimentos destas partes (%CAB, %NAD, %VIS, RCAR, %PE, RFSP e %RES) foram calculados como porcentagem em relaÃÃo ao peso total (P) dos peixes. Para as anÃlises de variÃncias, os dados obtidos foram agrupados em 4 classes de peso (CP1 = 515 a 629g; CP2 = 630 a 744g; CP3 = 745 a 859g; e CP4 = 860 a 975g) e as equaÃÃes de regressÃo estimadas em funÃÃo do peso mÃdio de cada classe. Todas as medidas morfomÃtricas aumentaram linearmente com o aumento do peso mÃdio de abate, com exceÃÃo de AC2, que apresentou uma reduÃÃo na taxa de aumento em pesos de abate mais elevados. As medidas AC2, LC1 e P2 aumentaram proporcionalmente mais do que o comprimento padrÃo, com o aumento do peso de abate. NÃo foi constatado efeito de classe de peso sobre RCAR, %NAD e %PE. Por outro lado, observou-se efeito linear do peso de abate sobre %CAB, %RES e RFSP, e efeito quadrÃtico sobre %VIS. As variÃveis %CAB e %RES diminuÃram com o aumento do peso de abate, enquanto que RFSP aumentou. A %VIS aumentou atà atingir o mÃximo de 12,12% em peixes com peso mÃdio de abate de 915,8g. As medidas mais correlacionadas com P, PCAR e PFSP foram CP, AC2 e P2. RFSP apresentou correlaÃÃo positiva com CP, AC2, AC4 e P2, e negativa com AC1, e RCAR apresentou correlaÃÃo negativa com AC1. Conclui-se que a piracanjuba apresentou uma tendÃncia de se tornar mais compacta com o aumento do peso de abate. Piracanjubas com maiores pesos de abate proporcionaram maior RFSP e menores %CAB e %RES. Entretanto, a reduÃÃo da %CAB nÃo foi suficiente para aumentar o RCAR devido, provavelmente, ao aumento da %VIS com o aumento do peso de abate, sugerindo que piracanjubas destinadas ao processo de filetagem devem ser abatidas, preferencialmente, em pesos mais elevados. As medidas morfomÃtricas CP, AC1 e AC2 podem ser utilizadas na avaliaÃÃo da qualidade de carcaÃa de piracanjubas e como critÃrio de seleÃÃo em programas de melhoramento genÃtico devido suas altas correlaÃÃes com caracterÃsticas de interesse para a indÃstria de processamento.

ASSUNTO(S)

morfometria zootecnia fillet rendimento filà carcaÃa piracanjuba profit morphometric processing piracanjuba processamento carcass

Documentos Relacionados