Morfologia macroscópica e microscópica da traqueia e pulmões do tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla)

AUTOR(ES)
FONTE

Pesq. Vet. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

RESUMO: O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) é um mamífero silvestre com distribuição na América Central e do Sul e, atualmente, encontra-se classificado como ameaçado de extinção. Pesquisas acerca dos aspectos macroscópicos e histomorfológicos do seu sistema respiratório são escassas, o que, por vezes, limita o tratamento e o manejo de eventuais animais doentes, bem como a preservação da espécie. Desse modo, o objetivo deste estudo foi descrever a morfologia macroscópica e microscópica do aparelho respiratório inferior do tamanduá-bandeira, incluindo traqueia e pulmões. Para tanto, foram utilizados 12 tamanduás-bandeiras adultos, provenientes do Centro de Triagem de Animais Silvestres de Goiânia (CETAS-GO), Goiás, Brasil, após morte natural ou eutanásia. Destes, três foram utilizados para o estudo macroscópico, sendo fixados em formalina tamponada a 10% e dissecados. Para a análise histomorfológica, amostras teciduais da traqueia e do pulmão foram colhidas de nove animais logo após o óbito, fixadas em formalina tamponada a 10%, processadas, incluídas em parafina e coradas com hematoxilina e eosina (HE), ácido periódico-Schiff (PAS) e tricrômico de Masson. À análise macroscópica notou-se que a traqueia é proporcionalmente curta, apresentando 19 a 27 cartilagens traqueais. O pulmão direito apresenta quatro lobos e o esquerdo dois. À análise microscópica foi constatado epitélio respiratório do tipo pseudoestratificado cilíndrico ciliado, sem células caliciformes evidentes na camada mucosa da traqueia e dos brônquios. A pleura visceral pulmonar é espessa, assim como nos grandes mamíferos domésticos, e, a partir desta, estendem-se septos completos. Conclui-se que a macroscopia e a histomorfologia do sistema respiratório inferior do tamanduá-bandeira, representado pela traqueia e pulmões, são semelhantes àquelas de outros mamíferos domésticos e silvestres. A histomorfologia pulmonar é especialmente semelhante à de suínos e ruminantes, com a pleura visceral espessa e emitindo septos completos de tecido conjuntivo, que conferem arquitetura parenquimal lobular.

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