Morfologia, imuno-histoquímica e aspectos ultraestruturais das células imunorreativas à insulina no intestino delgado do gambá Didelphis aurita (Wied-Neuwied, 1826) adulto / Morphology, immunohistochemistry and ultrastructural aspects of insuline immunoreactive cells in small intestine of the opossum Didelphis aurita (WIED-NEUWIED, 1826) adult

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/08/2011

RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo geral descrever os aspectos morfológicos, histoquímicos e imuno-histoquímicos do intestino delgado do gambá Didelphis aurita (Wied-Neuwied, 1826) adulto, bem como as características ultraestruturais dos grânulos secretores de células imunorreativas à insulina nesse animal. A biogênese dos grânulos insulínicos e a sua classificação, bem como a atividade fisiológica em regiões produtoras de insulina, são áreas de investigação contínua no controle do diabetes e outras patologias. O material para estudo consistiu de sete exemplares de gambá Didelphis aurita, machos, com peso médio de 1,03 0,14 kg. O número de células imunorreativas à insulina (IRI) por mm2 no intestino delgado dos gambás D. aurita foi diferente em função do segmento analisado. De acordo com a comparação múltipla de médias ordenadas, o número de células IRI por mm2 no duodeno e no jejuno foi maior do que no íleo (p<0,05). O intestino delgado do gambá adulto D. aurita apresentou diferenças na distribuição das células IRI, sendo elas difusas ao longo do epitélio intestinal e com maior concentração nas criptas e redução nas vilosidades. As células IRI caracterizaram-se pela presença de grânulos secretores, pela morfologia piramidal alongada e pela localização entre diferentes células. Adicionalmente, foi possível afirmar que apresentaram morfologia similar à das células beta do pâncreas, porém com diâmetro e volume granular maiores. Nos gambás Didelphis aurita, foram observados valores entre 2,7 e 3,5 μIU/mL de insulina plasmática, valores esses inferiores aos verificados em outros mamíferos e humanos. Os resultados em relação à insulinemia, nesta espécie, sugerem a manutenção da homeostasia da glicose mediante a atividade secretora insulínica extrapancreática. Nos estudos morfológicos e histoquímicos das células argirófilas e argentafins no intestino delgado, foi demonstrado que as células argirófilas eram mais numerosas em relação às argentafins e que ambas se caracterizavam por terem conformação piramidal e núcleo ovoide, serem do tipo fechado ou aberto, apresentarem aspecto granular e serem mais frequentes nas glândulas intestinais. Foi quantificado maior número de células argirófilas por mm2 do que de argentafins, e o íleo foi o segmento com menor número total de células endócrinas quantificadas. A altura e espessura das vilosidades intestinais, bem como a densidade da área de absorção do epitélio intestinal dos gambás D. aurita adultos, não variaram entre os segmentos. A espessura da camada muscular circular do jejuno foi maior do que a do íleo, e as demais comparações não apresentaram diferenças morfológicas significativas.

ASSUNTO(S)

biologia geral células imunorreativas insulina intestino delgado gambá immunoreactive cells insulin small intestine opossum

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