Morfologia das plântulas, anatomia e venação dos cotilédones e eofilos de três espécies de Mimosa (Fabaceae, Mimosoideae)

AUTOR(ES)
FONTE

Rodriguésia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-09

RESUMO

A fase pós-seminal é uma das mais críticas do ciclo de vida dos vegetais, responsável pelo estabelecimento do indivíduo. Mimosa é um gênero amplo, com espécies utilizadas para recuperação de áreas degradadas; o conhecimento de fases juvenis é indispensável para a identificação no campo. Este trabalho compara a morfologia das plântulas, a anatomia e a venação dos cotilédones e eofilos de Mimosa daleoides, M. dolens var. anisitsii e M. orthacantha, adotando métodos usuais em morfologia e microscopia de luz. A germinação ocorre entre um e três dias. São plântulas fanero-epígeo-foliáceas, com expansão dos cotilédones entre dois a cinco dias após a germinação; cotilédones semelhantes, actinódromos e anfiestomáticos. A filotaxia dos cotilédones é oposta e dos eofilos é alterna. O número de pares de folíolos no primeiro eofilo varia de dois a três em M. daleoides e M. dolens var. anisitsii e de cinco a sete em M. orthacantha. O limbo foliolar apresenta anatomia semelhante entre as espécies, é anfiestomático, dorsiventral, com uma camada de parênquima paliçádico bem desenvolvida; a epiderme de M. dolens var. anisitsii apresenta idioblastos fenólicos e apêndices lignificados no bordo foliolar. O padrão de venação é broquidódromo, com algumas variações em M. orthacantha. Os resultados obtidos permitem a identificação de espécies de Mimosa em sua fase juvenil, fornecendo dados que podem apoiar estudos taxonômicos e ecológicos com o gênero.

ASSUNTO(S)

desenvolvimento pós-seminal eofilo heterofilia juvenil venação

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