Morfoanatomia e ontogênese das sementes de espécies de Banisteriopsis C.B. Robinson e Diplopterys A. Juss. (Malpighiaceae)

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Botanica Brasilica

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-09

RESUMO

Banisteriopsis e Diplopterys apresentam em conjunto aproximadamente 100 espécies e ocorrem em todo o continente americano, especialmente na América do Sul. Pouco se conhece sobre a estrutura dos órgãos reprodutivos de Malpighiaceae e este trabalho objetiva analisar morfoanatômica e ontogeneticamente sementes de B. campestris, B. oxyclada, B. stellaris e D. pubipetala. Os óvulos são suspensos, subcampilótropos, bitegumentados e crassinucelados. O tegumento interno é mais curto que o externo, que forma a micrópila. O nucelo é muito amplo e se projeta pela micrópila, ficando em contato direto com o obturador funicular, estrutura menos conspícua em D. pubipetala. As sementes de Banisteriopsis e Diplopterys são pequenas, amarelo-escuras, com paquicalaza; na maturidade, o envoltório seminal encontra-se colapsado, distinguindo-se apenas a exotesta com compostos fenólicos e resíduos da vascularização; são sementes exalbuminosas e o embrião preenche toda a cavidade seminal; tem eixo embrionário reto e curto, com cotilédones carnosos bem desenvolvidos. A reserva embrionária é composta basicamente por lipídeos, havendo pequenos grãos de amido dispersos; muitas drusas também são observadas. A estrutura e desenvolvimento das sementes estudadas são muito semelhantes entre si e às demais Malpighiaceae já descritas. Constituem novos registros para a literatura a presença de obturador e de paquicalaza em Malpighiaceae.

ASSUNTO(S)

semente banisteriopsis diplopterys anatomia morfologia

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