Morbimortalidade e sobrevida apÃs o primeiro evento de histoplasmose disseminada em pacientes com aids atendidos em unidades de referÃncia de Fortaleza/Cearà / Morbidity and survival after the first event of disseminated histoplasmosis in AIDS patients treated in reference units of Fortaleza/CearÃ

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/08/2011

RESUMO

A histoplasmose à uma das micoses sistÃmicas oportunistas mais associada à aids na atualidade no Brasil e no mundo. O Cearà à o estado do Brasil com a maior casuÃstica na Ãltima dÃcada da coinfecÃÃo HD/aids. O objetivo deste estudo foi caracterizar a morbimortalidade e sobrevida de pacientes com coinfecÃÃo HD/aids, apÃs o 1 evento de HD,atendidos em unidades de referÃncia para HIV/aids em Fortaleza/CearÃ. Realizou-se uma coorte retrospectiva de pacientes com coinfecÃÃo HD/aids, tendo o 1 episÃdio de HD ocorrido no perÃodo de 2002-2008. Os dados foram coletadas a partir do diagnÃstico de HD atà 31/12/2010. AnÃlise estatÃstica foi realizada por meio do programa STATA 9.0. Foram incluÃdos no estudo 145 pacientes. A maioria era de adultos jovens, com mÃdia de idade de 34,6 anos (IC 95%= 33,2-36,0), do sexo masculino (83,5%), e sem atividade de risco definida para histoplasmose (80%). A prevalÃncia da coinfecÃÃo foi de 38 casos/ano. HD foi 1 infecÃÃo oportunista definidora de aids em 59% dos pacientes. Anfotericina B foi utilizada em 97% dos pacientes como droga de induÃÃo, e itraconazol em 92%, em dose de manutenÃÃo. O tempo mÃdio de seguimento clÃnico foi de 3,38 anos (dp = 2,2; IC 95% = 3,01-3,75); 55,2% dos pacientes necessitaram de novos internamentos; 23,3% apresentaram recidiva da histoplasmose; 31,4% interromperam o uso de antifÃngicos conforme orientaÃÃo mÃdica. A mÃdia do acompanhamento apÃs a interrupÃÃo foi de 2,85 anos (IC 95% = 2,24-3,46). Somente um paciente recidivou apÃs a interrupÃÃo do antifÃngico. Os fatores riscos relacionados à recidiva foram nÃo adesÃo à TARV (p = 0,000), uso irregular de antifÃngico (p= 0,000), nÃo recuperaÃÃo do CD4+ (p = 0,000) e ter aids antes do diagnÃstico de HD (p =0,025). Somente nÃo adesÃo à TARV (OR = 4,96; IC 95% = 1,26-30,10; p = 0,026) foi fator de risco independente para recidiva. Aos 60 meses a probabilidade de remissÃo foi de 67%(IC 95%= 55% -76%). AdesÃo à TARV (94% vs. 51% - p = 0,000), uso regular de antifÃngico (87% vs. 48% - p = 0,000), recuperaÃÃo do CD4+ (83% vs. 45% - p = 0,000) e nÃo ter aids antes da HD (76% vs. 55% - p = 0,035) foram os principais fatores que contribuÃram para manutenÃÃo da remissÃo. Ãbito ocorreu em 30,2% dos pacientes; os fatores relacionados à mortalidade foram nÃo adesÃo ao tratamento da aids (p = 0,000), uso irregular de antifÃngico (p = 0,000), nÃo recuperaÃÃo do CD4+ (p = 0,000), ter tido um novo episÃdio de histoplasmose (p = 0,000) e ter aids antes da HD (p = 0,009). NÃo adesÃo à TARV foi o Ãnico fator de risco independente associado à mortalidade na anÃlise multivariada (OR = 5,24; IC 95% = 1,28-21,38; p = 0,021). A sobrevida aos 60 meses foi de 68% (IC 95% = 57%-76%). Pacientes com adesÃo à TARV (92% vs. 54% - p = 0,000) e sem episÃdio de recidiva (77%vs. 32% - p = 0,000), tiveram melhor probabilidade de sobrevida. Uso regular de antifÃngico (84% vs. 50% - p = 0,000) , ter tido recuperaÃÃo do CD4+ (89% vs. 54% - p = 0,000) e nÃo ter tido aids antes da HD (75% vs. 57% - p = 0,021) tambÃm foram fatores associados a uma melhor sobrevida. Portanto, verificou-se nesse estudo, elevada prevalÃncia de HD em pacientes com aids nessa regiÃo do Brasil, com altas taxas de recidiva e Ãbito. AdesÃo à TARV foi o Ãnico fator de risco independente associado aos desfechos, recidiva e Ãbito. A melhor sobrevida ocorreu em pacientes aderentes à TARV

ASSUNTO(S)

saude coletiva histoplasmose recidiva sÃndrome de imunodeficiÃncia adquirida mortalidade relapse acquired immunodeficiency syndrome mortality morbidity survival sobrevida histoplasmosis morbidade

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