Morbidade entre a pós-biópsia de linfonodo sentinela e a dissecção axilar no câncer de mama

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Associação Médica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-12

RESUMO

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar a morbidade cirúrgica pós-biópsia de linfonodo sentinela (BLS) ou dissecção axilar com (DA-NP) e sem preservação do nervo intercostobraquial (DA-NS). MÉTODOS: Fez-se estudo coorte prospectivo com 108 pacientes divididas em três grupos: BLS (n=35), DA-NP (n=36) e DA-NS (n=37). Foram avaliadas ocorrência de déficit sensorial, dor, linfedema, seroma e infecção no membro superior homolateral à cirurgia. Monofilamentos de Semmes-Weinstein foram usados para avaliar o déficit sensorial, perimetria braquial foi feita para avaliação da presença de linfedema e aplicado questionário de dor. Para análise estatística foram utilizados os testes ANOVA e Kruskal-Wallis. Foi feita análise bivariada e multivariada. RESULTADOS: Pelo menos uma complicação pós-cirúrgica, imediata ou tardia, ocorreu em 45/108 (41,7%) pacientes avaliadas. A complicação mais comum foi dor. Houve diferença estatisticamente significante entre os três grupos somente quanto ao déficit sensorial (p=0,04). Dor, linfedema e déficit sensorial ocorreram com maior freqüência no grupo DA-NS. As pacientes dos grupos BLS e DA-NP não apresentaram diferenças estatisticamente significantes para nenhuma das variáveis analisadas. A pesquisa com os monofilamentos mostrou sensibilidade cutânea preservada em 28/35 pacientes do grupo BLS, em 25/36 pacientes do grupo DA-NP e em 10/37 pacientes do grupo DA-NS (p<0,001). CONCLUSÃO: A secção do nervo está relacionada a maior déficit sensorial havendo diferença estatisticamente significante entre os três grupos, o que não demonstrou ser significante com os demais critérios avaliados dentre os grupos analisados.

ASSUNTO(S)

morbidade câncer de mama biópsia de linfonodo sentinela dissecção axilar preservação nervo intercostobraquial

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