Morbidade em usuários de equipes de Saúde da Família no nordeste de Minas Gerais com base na Classificação Internacional da Atenção Primária

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. epidemiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-12

RESUMO

Este estudo objetivou caracterizar o perfil de morbidade referida por usuários das equipes de saúde da família na macrorregião nordeste de Minas Gerais. Trata-se de um estudo transversal de base populacional, desenvolvido junto às equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), com uso de questionários semiestruturados adaptados para três categorias profissionais das equipes de saúde da família: médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde (ACS). Utilizou-se a Classificação Internacional da Atenção Primária, segunda edição (CIAP 2), para codificação da morbidade referida. Foram coletadas informações de 17.988 pessoas, em 204 equipes da ESF, sendo 10.855 (60,3%) do sexo feminino; 1.662 (9,2%) questionários foram referentes ao atendimento do médico, 2.530 (14,1%) do enfermeiro e 13.796 (76,7%) corresponderam aos encontros com ACS. Os principais problemas de saúde foram: doenças do aparelho circulatório (especialmente hipertensão), queixas musculoesqueléticas (especialmente as lombalgias) e doenças do aparelho digestório (especialmente as parasitoses intestinais), que juntas responderam por mais de 40% das consultas médicas. As queixas inespecíficas e atendimentos relacionados à saúde da mulher foram prevalentes nos atendimentos de enfermeiros. Os ACS registraram mais as queixas referentes a problemas respiratórios, musculoesqueléticos e cardiovasculares. O perfil de morbidade observado não difere substancialmente de outros estudos, com pequenas diferenças que podem ser atribuídas às particularidades regionais.

ASSUNTO(S)

morbidade atenção primária à saúde inquéritos de saúde epidemiologia classificação internacional de doenças sistema Único de saúde

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