Montaigne and the policy / Montaigne e a polÃtica
AUTOR(ES)
Gilmar Henrique da ConceiÃÃo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
Comumente, a natureza humana à considerada desconhecida para Montaigne uma vez que estamos todos impregnados e contornados pelos costumes, porÃm Montaigne coloca diferentes problemas indagando sobre a possibilidade de aÃÃes polÃticas que permitam a uma sociedade manter-se em equilÃbrio e ser melhorada, apesar da maldade presente na natureza humana percebida, da inconsistÃncia da razÃo, e dos partidos em conflito. Observe-se que considera possÃvel melhorar o estado de imperfeiÃÃo do homem, mas melhorar nÃo significa eliminar a imperfeiÃÃo. Montaigne se considera uma pessoa inteiramente e visivelmente voltada para fora, nascida para a sociedade e a amizade (III, 3, p. 55) e medita principalmente acerca dos negÃcios do Estado e do mundo: â[...] lanÃo-me aos assuntos de Estado e ao universo de melhor grado quando estou sozinhoâ (III, 3, 56). Ele recusa a idealizaÃÃo da sociedade; a melhor polÃtica à a que existe. Mas, podemos destacar dois empregos que faz da palavra polÃtica: o primeiro como âobrigaÃÃo ao bem pÃblicoâ, o segundo como âprÃtica dos governosâ. De qualquer forma, considera que viver fora da polÃtica à viver fora da humanidade e nÃo se omite das funÃÃes pÃblicas. Na realidade, em Montaigne nÃo encontramos a palavra polÃtica com um sentido unÃvoco. Na perspectiva de Montaigne nÃo à possÃvel julgamentos absolutos em polÃtica porque somente vemos partes e nÃo podemos nos situar absolutamente fora de alguma circunstÃncia perceptiva determinada para examinar independentemente, de um lado, as prÃprias coisas e, de outro, a maneira como se apresentam em cada uma dessas circunstÃncias. O argumento considera como o ato de âtomar partidoâ envolve, por si mesmo, uma presunÃÃo de conhecimento; em seguida, ele nos convida a observar que essa mesma presunÃÃo se faz presente a despeito de nosso juÃzo oscilar entre opiniÃes contraditÃrias a que, a cada vez, nos agarramos como se tivessem, de modo geral, uma solidez maior do que elas podem revelar se consideradas no decorrer do tempo. Disso podemos perceber que ele problematiza as certezas polÃticas dado o carÃter inseguro da faculdade intelectual, que recebe freqÃentemente coisas falsas, daà a necessidade da âmoderaÃÃoâ e do âdiÃlogoâ entre os partidos. Portanto, hà um carÃter duvidoso em todos os partidos. Diferente das certezas do âeu sà sei que nada seiâ e do âpenso, logo existoâ, Montaigne toma para si a divisa de Pirro (âQue sais-je?â) cuja interrogaÃÃo expressa com mais clareza o posicionamento de nosso autor.
ASSUNTO(S)
montaigne, michel de, 1533-1592- crÃtica e interpretaÃÃo filosofia renascentista filosofia francesa epokà ceticismo filosofia razÃo de estado natureza do eu filosofia polÃtica political philosophy self-nature reason of state
ACESSO AO ARTIGO
http://tede.unioeste.br/tede//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=663Documentos Relacionados
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