Monitoramento do crescimento e desenvolvimento de menores de cinco anos atendidos em serviÃos pÃblicos de saÃde do Estado de Pernambuco

AUTOR(ES)

Cristiane de Albuquerque Silva Ratis

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

O estudo objetiva avaliar o monitoramento do crescimento e desenvolvimento numa amostra de 1.669 menores de cinco anos em 120 serviÃos pÃblicos de saÃde do Estado de Pernambuco (RegiÃo Metropolitana e Interior), a parir de dados da pesquisa âAtenÃÃo à SaÃde Materno-Infantilâ realizada em 1998. A avaliaÃÃo considera aspectos referentes à estrutura, ao processo, à conduta dos profissionais ao detectar problemas no crescimento e desenvolvimento e à opiniÃo dos mesmos a respeito da resolutividade do serviÃo referente Ãs aÃÃes de crescimento e desenvolvimento. Os resultados obtidos revelam que 84,2% das unidades dispÃem de balanÃas para o atendimento das crianÃas; 90% possuem cartÃo, sendo o estoque suficiente em 83,3%, apresentando distribuiÃÃes estatisticamente significantes para os espaÃos geogrÃficos (p<0,05). Mais de 70% das unidades nÃo possuem normas orientadoras do monitoramento do crescimento e desenvolvimento infantil. Dos profissionais destinados ao atendimento das crianÃas, 76% correspondem a atendentes, auxiliares de enfermagem e enfermeiros, 23% sÃo mÃdicos e 1% nutricionistas. No total de crianÃas atendidas no estado, 45,9% nÃo foram pesadas e 83,8% nÃo foram medidas; mais de 80% dos acompanhantes nÃo receberam nenhuma informaÃÃo sobre o crescimento e desenvolvimento de suas crianÃas. Hà diferenÃa estatisticamente significante (p<0,01) na freqÃÃncia de pesagem e medida de estatura na RMR e no Interior. Das 1.669 crianÃas, 71,5% possuÃam o cartÃo e o levaram para a consulta. O registro do peso ao nascer na capa do cartÃo foi verificado em 86,8% dos cartÃes analisados, enquanto sua marcaÃÃo no grÃfico reduziu-se para 36,9%. O nÃmero de pontos marcados no grÃfico de crescimento do cartÃo apresentou associaÃÃo com a idade das crianÃas. No dia da consulta, o registro do peso no cartÃo foi efetuado em 59,9%. O registro do desenvolvimento no cartÃo foi constatado em 1,2% e em 5,9% dos prontuÃrios. Em relaÃÃo a um questionÃrio especÃfico direcionado aos 107 profissionais entrevistados responsÃveis pelo atendimento da crianÃa, as respostas traduziram um desconhecimento considerÃvel sobre conceitos e prÃticas de monitoramento do crescimento e desenvolvimento. As condutas adotadas pelos profissionais na detecÃÃo de problemas no crescimento e desenvolvimento (orientaÃÃo dietÃtica, marcaÃÃo de nova consulta e encaminhamento para outro profissional) representaram 32,7% do total. Mais de 80% dos profissionais opinaram ser satisfatÃria a resolutividade do serviÃo em relaÃÃo Ãs aÃÃes do crescimento e desenvolvimento. O estudo mostrou que a promoÃÃo da saÃde da crianÃa de forma integral, deslocando o enfoque de uma assistÃncia baseada em patologias para uma atenÃÃo que contemple a crianÃa no seu processo de crescimento e desenvolvimento (eixo integrador de toda a atenÃÃo à crianÃa), nÃo Ã, ainda, um comportamento normativo nos serviÃos pÃblicos de saÃde no Estado de Pernambuco

ASSUNTO(S)

monitoramento do crescimento e desenvolvimento infantil health evaluation services. public health monitoring child growth and development avaliaÃÃo em saÃde nutricao serviÃos pÃblicos de saÃde

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