MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E CAPACIDADE FUNCIONAL AERÓBICA EM HEMIPARÉTICOS

AUTOR(ES)
FONTE

Rev Bras Med Esporte

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-12

RESUMO

RESUMO Introdução: Tem sido observado que indivíduos acometidos por acidente vascular encefálico (AVE) apresentam, além dos danos físicos, diminuição da capacidade aeróbica e alteração da modulação autonômica da frequência cardíaca, sendo estes importantes fatores para o aparecimento de doenças cardíacas e arritmias. Objetivo: Investigar os efeitos crônicos do AVE sobre a capacidade aeróbica (VO2pico) e os índices de variabilidade da frequência cardíaca (VFC), e se existe correlação entre essas duas variáveis. Métodos: Foram avaliados 11 indivíduos do sexo masculino, com idade entre 55 e 65 anos, acometidos por lesão cerebrovascular há pelo menos seis meses, e todos com hemiparesia. Foram realizadas as seguintes avaliações: teste de capacidade aeróbica máxima; registro dos intervalos R-R e cálculo dos índices da VFC (RMSSD, pNN50, AF, BF e a razão BF/AF). Para comparação entre VO2pico previsto e obtido utilizou-se o teste t de Student não pareado. Para testar a hipótese de correlação entre os índices de VFC e o VO2pico utilizou-se o teste de correlação de Pearson. Resultados: VO2pico (mL.kg-1.min-1) previsto e obtido, respectivamente = 32,15 ± 1,87 e 16,12 ± 5,51; índices da VFC: RMSSD (ms) = 28,69 ± 26,78; pNN50 (%) = 8,76 ± 12,62; AF (u.n.) = 51,96 ± 22,4; BF (u.n.) = 48,04 ± 22,49. O VO2pico correlacionou-se negativamente com os índices RMSSD, pNN50 e AF e positivamente com o índice BF (p < 0,05). Conclusão: Na fase crônica do AVE, variabilidade da frequência cardíaca encontra-se normal e os indivíduos com menor capacidade aeróbica apresentam maior modulação parassimpática e menor simpática, provavelmente em consequência da maior exigência física nas atividades de vida diária.

ASSUNTO(S)

acidente vascular cerebral frequência cardíaca consumo de oxigênio sistema nervoso autônomo.

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