Modos de pensar dos profissionais do Programa Academia da Saúde sobre saúde e doença e suas implicações nas ações de promoção de saúde

AUTOR(ES)
FONTE

Physis

DATA DE PUBLICAÇÃO

19/06/2019

RESUMO

Resumo O Programa Academia da Saúde (PAS) foi criado para contribuir com a promoção da saúde, produção do cuidado e melhoria do acesso à prática de atividade física, a partir da visão holística do cuidado. Objetivo: compreender representações de profissionais do PAS sobre saúde/doença, que fundamentam as atividades de promoção à saúde, dirigidas à população. Metodologia: estudo qualitativo fundamentado na teoria das Representações Sociais, entendendo-as como pontos de vista, explicitados na ação humana. Entrevistas em profundidade, com profissionais de educação física do PAS de Belo Horizonte, foram interpretadas pela Análise Estrutural de Narração. Resultados: existem representações centrais que definem a saúde como o oposto à doença, representações periféricas, sendo saúde mais do que ausência de doença. O modelo biomédico presente convive com pontos de vista que ampliam a prática em saúde, voltada para a construção da promoção da saúde como um bem e um direito. Para manterem paralelas estas representações, os profissionais se utilizam, contraditoriamente, do discurso oficial que criou o Programa, ancorado na Saúde Coletiva, e do discurso da ciência e do senso comum, ancorados na Biologia. A implicação do profissional nas ações torna-se paradoxal, exigindo melhorias em sua formação para continuar a mudança de paradigma na atenção à saúde.Abstract The Health Academy Program was created to contribute to health promotion, care production and improvement of access to the practice of physical activity, based on the holistic view of care. Aim: to understand the HAP professionals’ representations about health/disease and its implications for health promotion activities. A qualitative study based on the theory of Social Representations, understanding them as the points of view, which are explicit in human action. In-depth interviews with physical education professionals from the PAS of Belo Horizonte were interpreted by the Structural Analysis of Narration. Results: There are central representations that define health as the opposite of disease, and, peripherally, health is more than absence of disease. The biomedical model coexists with viewpoints that expand health practice, focused on the construction of health promotion as a good and a right. The representations remain parallel, use the official discourse that created the Program, supported by Collective Health, and the discourse of science and common sense, supported by Biology. The implication of the professional in the actions is paradoxical, and requires improvements in their training to continue the paradigm shift in health care.

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