Modificação do perfil da silicose na mineração subterrânea de ouro em Minas Gerais

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. saúde ocup.

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/07/2018

RESUMO

Resumo Introdução: Minas Gerais é o estado brasileiro com maior registro de casos de silicose, sendo grande parte proveniente de casuísticas acumuladas das minerações de ouro. Objetivos: descrever e analisar temporalmente a ocorrência de silicose na mineração de ouro identificando fatores ocupacionais relacionados. Métodos: estudo transversal com 1.020 ex-mineiros da região de Nova Lima/MG, avaliados entre 1995 e 2011. Resultados: o diagnóstico de silicose foi confirmado em 19,7% dos avaliados. Nenhum caso da doença foi identificado em indivíduos que trabalharam apenas na superfície. A prevalência no grupo que trabalhou até 5 anos no subterrâneo foi de 3,8% e no grupo com mais de 20 anos de trabalho nesse local foi de 44,2%. Os admitidos para trabalho subterrâneo até 1950 apresentaram prevalência de 57,9%. Entre os admitidos após 1990, não houve registro de casos. Conclusão: verificou-se uma queda expressiva na ocorrência de silicose no período analisado. Uma vez que a doença é sabidamente dose-dependente, é esperado que a diminuição dos níveis de exposição, obtido pelas melhorias dos ambientes ocupacionais, tenha refletido nestes resultados. É fundamental que tais medidas continuem a ser adotadas na mineração e em outros ramos de atividade visando reduzir a ocorrência da doença.

ASSUNTO(S)

pneumoconiose silicose doenças ocupacionais mineração ouro

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