Modificação de resinas de poliester insaturado com poli(organossiloxanos)
AUTOR(ES)
Valeria Maria Rosa
DATA DE PUBLICAÇÃO
1999
RESUMO
As resinas de poliéster insaturado (UP) se prestam a uma grande gama de aplicações, porém encontram algumas limitações devido à baixa resistência ao impacto e contração excessiva durante a cura. Este trabalho teve como objetivo principal a incorporação de segmentos flexíveis de polissiloxano à cadeia de poliéster na forma de um copolímero de enxertia de maneira a minimizar a baixa adesão entre a resina e o modificador. Para tanto, utilizou-se metacrilato de glicidila (GMA) que promoveria a ancoragem entre a resina e o organossiloxano e 3- aminopropiltrietoxissilano (APTS), 1,1,3,3-tetrametil-1,3-dietoxidissiloxano e água, de maneira a se promover a formação de uma cadeia de poli(organossiloxano) ligada à rede de poliéster através do metacrilato. As resinas modificadas quimicamente foram, então, avaliadas quanto às propriedades mecânicas (resistência ao impacto e à flexão) e dinâmico-mecânicas em função do grau e forma de modificação. Os resultados da análise dinâmico-mecânica indicaram a presença de micro- heterogeneidade nas resinas modificadas, o que contribuiu, em alguns casos, para um aumento na resistência ao impacto, mas afetou negativamente o módulo de flexão. A formação desta segunda fase, entretanto, não foi observada claramente por microscopia eletrônica de varredura. A cinética de cura foi investigada através de calorimetria diferencial de varredura, revelando que a modificação da resina pode causar um atraso na reação de cura da resina ortoftálica, além da diminuição da entalpia de reação da mesma. A energia de ativação, tanto para resina orto quanto para resina isoftálica, aumentou com a introdução dos modificadores, mas não se observaram diferenças significativas de comportamento cinético entre as amostras com diferentes proporções de modificador . A contração foi avaliada pela variação linear das dimensões das amostras sofrida no processo de cura, sendo observado que as resinas modificadas contraíram mais comparativamente às resinas puras, o que pode ser atribuído à reações de ciclização e à volatilização de subprodutos das reações envolvidas na formação de poli(organossiloxanos). Diferentes composições de resina isoftálica foram também reforçadas com fibra de vidro com e sem tratamento superficial para avaliação da adesão entre resina e reforço através da técnica de emissão acústica. A modificação do poliéster promoveu um pequeno aumento na adesão entre a resina e o reforço, porém, não eliminando a necessidade de se empregar fibras tratadas com agente de acoplamento para melhorar as propriedades mecânicas do compósito.
ASSUNTO(S)
adesão poliesteres resinas de acetato
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000195893Documentos Relacionados
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