Modernização retardatária e agroindústria sucroalcooleira paulista: o Proálcool como reprodução fictícia do capital em crise / Modernization process and agribusiness sugarcane in São Paulo: the proálcool as fictitious reproduction of capital in crisis

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/06/2011

RESUMO

Esta dissertação teve como intenção analisar o Proálcool (1975-1990) e suas consequências para o setor sucroalcooleiro paulista, relacionando-o ao processo de modernização retardatária promovida pelo Estado brasileiro, que redefiniu o papel do campo no processo de acumulação capitalista, no Brasil. Pretendeu-se verificar se a necessidade reiterada de intervenção estatal via créditos subsidiados junto à produção do setor indicava uma crise da acumulação capitalista na sua forma atual, a partir do que Marx denominou como capital fictício. Assim, se colocou como questão se a dívida dos fornecedores e industriais do complexo agroindustrial sucroalcooleiro paulista para com a União, no final da década de 1980 (final do terceiro período do Proálcool), expressava o momento fictício de reprodução do capital na incapacidade (sem a intervenção do Estado) de reprodução do setor, tanto pela exploração do trabalho como pela incorporação da renda da terra ao capital que se territorializava no campo. Esta dissertação procurou verificar tal questão através da história dessa territorialização (e sua consequente diferenciação de áreas nas DIRAs, em São Paulo), e também avaliar dados, para então compreender quais as relações entre a inserção nesse momento particular da acumulação capitalista e a transformação das relações de produção particulares conforme existentes no Brasil (como o agregado, no Vale do Jequitinhonha) e em São Paulo (como o colono), anteriormente ao processo de modernização. O trabalho precarizado do bóia-fria pôde, assim, ser entendido como expressão da crise da sociedade do trabalho, sendo a alta composição orgânica dos capitais no setor percebida de forma fetichista como desenvolvimento econômico o fundamento da conformação das características daquele trabalho. Através de trabalho de campo à área de Olímpia-SP, pretendeu-se, então, compreender a forma pela qual as personificações do capital (proprietário de terras, capitalista e trabalhador) subjetivam o momento da crise, enquanto o da própria forma social capitalista.

ASSUNTO(S)

agroindústria sucroalcooleira critical reproduction day-laborer modernização retardatária modernization process proálcool proálcool reprodução crítica sugarcane industry trabalho volante

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