Modernidade republicana e diocesanização do catolicismo no Brasil: as relações entre Estado e Igreja na Primeira República (1889-1930)
AUTOR(ES)
Aquino, Maurício de
FONTE
Revista Brasileira de História
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012
RESUMO
Partindo da análise de documentação consultada em arquivos do Brasil e do Vaticano, o artigo discute as relações entre Estado e Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) no período da Primeira República brasileira. Considera-se que a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 foi associada, por algumas parcelas das elites brasileiras da época, ao ideário do progresso e da civilização, sendo uma de suas primeiras tarefas a extinção do padroado em 7 de janeiro de 1890. O laicismo determinado nessa ocasião pelo Decreto 119-A revelou-se, entretanto, ambíguo e pragmático. Livre das amarras constitucionais do padroado, o Estado criou um novo campo de relações com as diferentes confissões religiosas, segundo os seus próprios interesses institucionais. Nesse contexto, a ICAR, por sua vez, empreendeu um processo de reforma e reorganização eclesiástica cujo fulcro consistiu na criação de dioceses e jurisdições similares - um amplo e complexo processo territorial, político e discursivo ao qual se pode denominar diocesanização.
ASSUNTO(S)
estado e igreja no brasil modernidade republicana diocesanização
Documentos Relacionados
- O catolicismo nas tramas do poder: a estadualização diocesana na Primeira República (1889-1930)
- TÉCNICAS, SABERES E PRÁTICAS PSICOLÓGICAS NA PRIMEIRA REPÚBLICA (1889-1930)
- Lima Barreto e a condição do negro e do mulato na primeira Republica (1889-1930)
- República na velha província: oligarquias e crise no Estado do Rio de Janeiro (1889-1930)
- Em busca da idade de ouro: as elites politicas fluminenses na primeira republica (1889-1930)