Moderna República velha: um outro ano de 1922
AUTOR(ES)
Schwarcz, Lilia
FONTE
Rev. Inst. Estud. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-09
RESUMO
O objetivo deste artigo é analisar diferentes recepções da jovem República, sobretudo em seus primeiros anos. Afinal, a tradição se inscrevia em meio à modernidade, e o novo se confundia com o velho. E é junto a esse caldo de paradoxos e conflitos que se desenha a Semana de Arte Moderna - um sopro de vanguarda, de cosmopolitismo e certo otimismo, nesse contexto - mas também outras experiências sociais de caráter mais político reivindicativo. Nesse sentido, ouso expor um pouco da experiência de Lima Barreto. Não para dela fazer um exemplo que ilumina toda uma época, ou muito menos "para estragar a festa" do ano de 2012. Ao contrário, ela representa um "outro caso", outra face da mesma modernidade. Quem sabe ela sirva como testemunho do ambiente que assolou parte da intelectualidade brasileira de inícios do século, cada vez mais descrente dos destinos dessa nação, e, nesse caso, muito impactados pelos discursos raciais deterministas, os quais, após a abolição da escravidão, criavam um novo tipo de "desigualdade", dessa feita pautada na biologia.
ASSUNTO(S)
lima barreto ciência loucura primeira república
Documentos Relacionados
- O ciclo do café durante a República Velha: uma análise com a abordagem de dinâmica de sistemas
- Relíquias da casa velha: literatura e ditadura militar, 50 anos depois
- Quase adulta, quase velha: por que antecipar as fases do ciclo vital?
- Política e poder no Estado do Rio de Janeiro na República Velha
- A paradiplomacia financeira no Brasil da República Velha, 1890-1930