Modelos de Infecção localizada em camundongos utilizando o Vaccinia virus:: implicações para estudos de resposta imune do hospedeiro, terapêutica e variabilidade fenotípica destes vírus

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/08/2010

RESUMO

A família Poxviridae contém os maiores vírus animais conhecidos, que possuem um amplo arsenal de genes dedicados à evasão do sistema imune e determinação do espectro de hospedeiros. Dentre os membros desta família, destacam-se o patógeno humano Variola virus (VARV) e o vírus zoonótico Vaccinia virus (VACV), que foi utilizado para vacinação na campanha de erradicação da varíola, além de causar surtos zoonóticos na Ásia e Brasil. A infecção por VACV, seja ela natural ou por vacinação, é adquirida através de pequenas abrasões na pele e pode levar a complicações em pacientes imunosuprimidos. Atualmente, não existem tratamentos para estas infecções. Apesar da grande importância do VACV para a saúde pública, pouco se conhece sobre a biologia deste vírus e de sua patogênese no hospedeiro. Isto porque a maior parte dos estudos em modelos animais busca mimetizar a patogênese da varíola em humanos e emprega vias de inoculação que causam doença sistêmica, como as vias intranasal e intraperitonial. As vias localizadas, por sua vez, se assemelham mais à via de infecção natural pelo VACV e mimetizam os parâmetros clínicos e imunológicos da infecção por estes vírus zoonóticos. Portanto, os objetivos deste trabalho foram avaliar a resposta imune à infecção primária, além de testar uma nova terapêutica para casos de infecção pelo VACV e avaliar como a diversidade genética destas amostras podem influenciar a susceptibilidade a esta droga utilizando modelos localizados de infecção em camundongos. Os resultados obtidos mostram que tanto as células T quanto as células B são importantes no controle da infecção primária pelo VACV em modelo de escarificação de cauda. Após infecção intradérmica, o tratamento com o agonista de TLR7 imiquimod reduziu a multiplicação viral e a gravidade da lesão causadas por amostras selvagens e vacinais de VACV, mas não no caso da amostra laboratorial WR. Polimorfismos em alguns genes de interação com o hospedeiro parecem determinar esta diferença de susceptibilidade. Estes resultados possuem implicações diretas na elaboração de vacinas mais seguras e eficazes, e também no desenvolvimento de uma terapêutica no tratamento de infecções por estes vírus zoonóticos.

ASSUNTO(S)

microbiologia teses. vírus vaccinia decs infecção teses. resposta imune teses. terapêutica teses.

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