Modelo teÃrico de Renà KaÃs na contextualizaÃÃo dos sintomas depressivos na latÃncia / Theoretical model of Renà KaÃs in depressive symptoms in the context of latency

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/12/2011

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi: contextualizar o modelo teÃrico de Renà KaÃs como mÃtodo prospectivo dos sintomas depressivos no perÃodo da latÃncia (6 a 12 anos). Para isto, foi montado um grupo de pesquisa com cinco crianÃas, dois meninos e duas meninas, com score para sintomatologia depressiva, cuja psicoterapia de grupo de abordagem psicanalÃtica foi empreendida em uma escola estadual em SÃo Paulo. O mÃtodo âAnÃlise do Grupo como um Sonho‟ de Renà KaÃs serviu como parÃmetro de anÃlise das associaÃÃes psÃquicas ocorridas no grupo durante 17 sessÃes que, analisadas e interpretadas a partir dos desenhos, expressÃo corporal e verbal das crianÃas, produziram um corpus de conhecimento dos conceitos e modelos da teoria de Renà KaÃs, gerando um modelo metodolÃgico de trabalho com as especificidades deste grupo de crianÃas. A anÃlise do material grÃfico, produzido no grupo, ressaltou a funÃÃo do desenho como centralizador do processo de livre associaÃÃo e dissociaÃÃo do seu material psÃquico. As crianÃas, que chegaram ao grupo, paralisadas por fantasias e defesas persecutÃrias, puderam trabalhar seus medos sessÃo a sessÃo, balizadas pelo espaÃo psÃquico grupal atravÃs de movimentos transferenciais e regressivos que, transpareciam nos seus desenhos quando analisados pelo parÃmetro do modelo do sonho relatado no grupo, permitindo ao grupanalista localizar as fases de desenvolvimento psÃquico do grupo e, de seus sujeitos. Foi possÃvel constatar que as crianÃas apresentavam alguns sintomas referentes à problemÃtica do complexo familiar, como a fantasia do abandono, fantasia da imagem do corpo, defesas superegoicas e baixa auto-estima. O desenho demonstrou ser: um espaÃo interessante como objeto transicional para desmobilizar algumas experiÃncias fantasÃsticas das crianÃas relacionadas ao espaÃo-corpo; possibilitou o resgate de alguns dados indiciais sobre os conflitos mais emergenciais das crianÃas como o conflito da castraÃÃo, fantasia da separaÃÃo e a problemÃtica da individuaÃÃo. A inclusÃo do outro, no inter jogo da narrativa-relato do desenho no grupo, tornou-se um modo de experimentaÃÃo analÃgica da socializaÃÃo para as crianÃas que apresentavam um sofrimento emocional no confronto com o mundo externo, tanto espacial quanto humano, pois, foi a partir desta relaÃÃo estabelecida entre os membros do grupo e, no espaÃo da matriz grupal, que as crianÃas passaram a interagir com o espaÃo mais amplo do setting, explorando outras formas de expressÃo. Essas formaÃÃes inconscientes ocorridas no grupo puderam ser acompanhadas atravÃs do conceito dos organizadores psÃquicos da teoria de KaÃs, o que nos permitiu conduzir uma estratÃgia clÃnica consoante com o desenvolvimento psÃquico que o prÃprio grupo nos apontava. ConcluÃmos, por fim, que este trabalho ampliou o campo de aplicaÃÃo teÃrica de modelos e conceitos de uma teoria que abre perspectivas para que outros grupanalistas viabilizem trabalhos com os critÃrios da teoria de grupos sem, contudo, afastar-se da fundamentaÃÃo psicanalÃtica, tÃo necessÃria para subsidiar as especificidades da faixa etÃria dos 6 aos 12 anos que compreende o perÃodo da latÃncia.

ASSUNTO(S)

psicologia crianÃa psicoterapia de grupo psicanÃlise sintomas afetivos depressÃo child group psychotherapy psychoanalysis affective symptoms depression

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